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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

Dia Mundial da Dança

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Dança.

Sou fascinada por dança contemporânea desde o primeiro espetáculo que vi (já lá vão cerca de 6 anos). A representação pelo movimento, a liberdade e a paixão dos dançarinos, a música... são encantadores. Inicialmente pensava que o povo português não era muito ligado à dança contemporânea mas a grande maioria dos espetáculos que vi tinham "sala cheia" (um sinal de que Portugal continua com bons costumes!). 

Para além de admirar os bailarinos, admiro os coreógrafos. A devoção ao mundo da dança é tão grande que chega facilmente ao espectador, a inovação que têm vindo a apresentar mostra uma vontade imensa de fazer mais e melhor, sem esquecer que têm proporcionado grandes espetáculos acessíveis a todos porque não fazem apresentações só em Lisboa e Porto mas sim, e cada vez mais, um pouco por todo o país. Para mim, a melhor coreógrafa portuguesa é Olga Roriz uma vez que é muito difícil sair dececionada de um espetáculo da sua Companhia. O último espetáculo que assisti foi "A Cidade", em Outubro de 2012, no Teatro Camões (Lisboa) e foi simplesmente divinal, um retrato muito real do que é viver na cidade.

 

Sinopse (retirada da página da Companhia Olga Roriz):

A pressão, contaminação, alienação e desgaste que as cidades causam no ser humano. Os seus segredos e relações efémeras que se estabelecem entre os seus habitantes. A liberdade perdida da sociedade capitalista. O controlo visível e invisível. As proibições. A perda de tempo. A falta de espaço. O perigo. A solidão. Todos os sinais, memórias e vivências foram matéria viva para a construção de um sentir colectivo traçado por percursos profundamente individuais. Lugares e pessoas comuns para cenas ora banais e quotidianas, ora invulgares e complexas. Um desfilar de momentos solitários, sem passado nem futuro, suspensos num curto tempo de vida em quadros vividos ou imaginados.

 

Excerto do espetáculo:

 

"A Cidade" volta aos palcos no dia 19 de Julho no Auditório Jorge Sampaio do Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra (os bilhetes podem ser comprados aqui). No entanto, a Companhia Olga Roriz tem outros espetáculos marcados ao longo do ano e, para ficar a par de tudo, é só seguir a página de facebook da Companhia aqui.    

39 anos de Liberdade?

Hoje celebramos os 39 anos do 25 de Abril, o golpe de Estado que, em 1974, valeu a vitória do nosso orgulho e da nossa força enquanto povo, enquanto país, erradicando a ditadura que nos aprisionou por mais de 40 anos. Portugal tornava-se um país livre e democrático (embora esta questão seja frequentemente discutida e essa liberdade, muitas vezes, posta em causa). É nosso dever agradecer a quem lutou para que hoje pudéssemos dizer: sou livre! Embora considere que podemos apenas dizer que a nossa liberdade é relativa. 

Pessoalmente agradeço por quem lutou para que os jornalistas tivessem a possibilidade de exercer a sua profissão com recurso à liberdade de expressão. Considero que existe, de verdade, essa possibilidade mas que ela nem sempre é tida em conta. Porquê? Na minha opinião, há quem se deixe corromper por outros valores (como valores monetários, por exemplo) ou quem escolha ceder a pressões (políticas, institucionais...). É pena que existam tantos interesses a ser movidos em volta das questões da sociedade, o que acaba por interferir, mais do que se possa pensar, com a informação que recebemos. 

Assim, e como aspirante a jornalista, muito obrigado pela Liberdade de expressão e informação (Artigo 37º da Constituição da República Portuguesa) e pela Liberdade de Imprensa e meios de comunicação social (Artigo 38º da Constituição da República Portuguesa).

 

Artigo 37.º Liberdade de expressão e informação (retirado da página da Assembleia da República)

 1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.

 2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.

(25 de Abril de 1974, Largo do Carmo, Lisboa)
(Uma das fotografias mais conhecidas e que mais vezes aparecia nos manuais de História, no que ao 25 de Abril diz respeito, durante o meu tempo de estudante)

 

A "Revolução dos Cravos", como ficou conhecida, é a prova que o destino dos portugueses não está nas mãos de um ou dois mas sim de quem luta, todos os dias, para que o país "funcione". Embora, o esforço de todos não esteja, de momento, a ser considerado pelo Governo de Portugal, temos de continuar a lutar, porque tempos mais positivos estão para vir e a nossa força vai ajudar-nos a sobreviver.

25 de Abril sempre, viva Portugal!

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

Hoje celebrou-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor e, como não podia deixar de ser, fui visitar umas quantas livrarias para conhecer as novidades e relembrar os clássicos. Nas minhas mãos parou uma das quatro novas edições dos livros de crónicas de Miguel Esteves Cardoso (e que crónicas!):

Os quatro livros, relançados pela Porto Editora, com capas do ilustrador Rui Ricardo, são lindos. Vejam:

No dia 27 de Abril, Miguel Esteves Cardoso lança, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, o quinto livro (a capa também é um trabalho do ilustrador Rui Ricardo):
 
Aconselho vivamente qualquer trabalho deste autor. As suas crónicas são, para mim, as melhores que se escrevem em Portugal e a transparência com que fala sobre os diferentes sentimentos e sentidos da vida é brilhante.
 
As imagens foram retiradas da página da Porto Editora.

Para quando um mundo melhor?

Saber que terão sido dois jovens a planear/executar o ataque na maratona de Boston, na passada segunda-feira, é devastador. As novas gerações são constantemente postas em causa um pouco por todo o mundo e é fácil perceber porquê. Os motivos são muitos mas estas atitudes dão força a quem defende que os jovens dão cada vez menor importância aos valores morais. Muitas pessoas perguntam "Porque é que dois jovens criariam uma situação destas?" e, na minha opinião, depois de descobrir a resposta a esta questão é importante perceber como é possível que dois jovens a viver num país de oportunidades (a crise existe em todo o lado, por mais que tentem disfarçá-la), sendo que um deles era estudante de medicina, não conseguem pensar nas pessoas, nos inocentes que iam sofrer com tudo isto e nas famílias e amigos que ficariam destroçados? Será que o fizeram apenas por vingança, por questões religiosas? Sinceramente, não compreendo como é que estas situações se multiplicam e o pior de tudo é que parece não haver um caminho que nos leve de volta a um mundo com melhores ideias, com vontade de viver para o bem, para a felicidade do próximo. Se o mundo continua assim, não sei onde iremos parar.

(No meio da triste realidade houve uma resposta eficiente. Estou realmente admirada com o trabalho da polícia norte-americana que cumpriu o que prometeu aos habitantes de Boston e capturou os suspeitos.)

Uma vez que não podemos alterar o passado, porque não trabalhar no presente para que o futuro seja melhor? E que tal começarmos hoje? Como ajuda à reflexão deixo aqui uma música de Michael Jackson cuja letra tem uma bonita mensagem: "Heal the World".

Estas palavras que me prendem #1

(É nos posts com o título "Estas palavras que me prendem" que vou apresentando alguns dos poemas ou prosas poéticas que escrevo. Espero que gostem!)

Encontrei o poema que se segue, por acaso, quando folheava um antigo caderno e descobri que o escrevi no oitavo ano. É básico e qualquer pessoa o fazia, mas decidi publicar aqui :)

 

 

O menino com música no coração

 

Era uma vez um menino

Que era muito pequenino.

Ele conhecia um músico

E não era o único.

 

Ele tinha um bom coração

e mostrava essa bondade

através de uma canção,

que espalhava por toda a cidade.

 

Um dia a guerra começou

E a paz findou.

Mais tarde a guerra acabou

E a paz voltou.

 

A guerra acabou

Porque o menino cantou

Aquela canção de bondade

Que falava de felicidade.

 

Todos ficaram felizes

Mas com cicatrizes

Daquela guerra que começou

E já acabou.

 

Aquele menino com coração

Viveu com ilusão

Até que cresceu

E entendeu

Que aquilo que viveu

Já aconteceu.   

 

 

ATENÇÃO: Todos os textos e poemas deste blog são escritos por mim e são, portanto, inéditos e, no caso dos poemas, exclusivos (se alguma vez utilizar textos de outras pessoas estarão, de certeza, devidamente identificados). Se gostarem podem partilhar mas terá de ser como citação, ou seja, o texto que selecionarem deve estar entre aspas. Têm ainda de fazer referência à autora e a este blog. Como devem calcular há muitas horas de trabalho envolvidas que, quer se goste ou não do texto/poema em questão, devem ser respeitadas. Obrigado!

«Game of Thrones» em Portugal

A terceira temporada de «Game of Thrones» ou «A Guerra dos Tronos», em português, uma das séries "sensação" dos últimos anos, estreou em Portugal no passado dia 8 de Abril no canal por cabo Syfy. Embora não fosse essencial promover a estreia (tal é o número de fãs da série americana no nosso país e o entusiasmo dos mesmos!), chegou a Lisboa, no dia 15, a «Expo Syfy: Guerra dos Tronos». A exposição é, nada mais nada menos, que uma mostra dos emblemáticos figurinos utilizados pelos personagens principais da saga literária criada por George R. R. Martin e transformada em série por David Benioff e D.B. Weiss. Em exibição estão os vestidos de Catelyn Stark, Daenerys Targaryen, Sansa Stark e Cercei Lannister e as capas negras e armaduras de guerra de Jon Snow, Robb Stark, Joffrey Lannister, Jamie Lannister, Joffrey Baratheon e Tyrion Lannister.

A exposição pode ser vista até ao dia 30 de Abril, na Baixa-Chiado PT Bluestation, entre as 6h30 e a 1h.

Na minha opinião é uma oportunidade a não perder, já que o guarda-roupa desta série é de uma beleza extraordinária e, dentro do estilo medieval, é um dos melhores que já vi no ecrã. Aqui ficam algumas imagens do que poderão encontrar por Lisboa:

Fotografias retiradas daqui.

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