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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

O mundo do cinema diz adeus a Legolas

É com alguma tristeza e emoção que assisto ao final do trabalho do actor Orlando Bloom como Legolas, personagem da trilogia cinematográfica "O Senhor dos Anéis" (The Lord of the Rings), que integrou também "O Hobbit" (The Hobbit). Porquê? Porque o Legolas tornou-se o meu personagem favorito desde o primeiro filme: "O Senhor dos Anéis: A Irmandade do Anel", não só pela história do personagem mas também pelo ar "místico" e toda a ideia que criaram em redor dos elfos. Para além disso era dos poucos que me fazia rir durante um filme sobre batalhas, graças à magnífica interacção com o anão, Gimli (John Rhys-Davies) e da contagem de orcs mortos que mantinham como forma de aposta/desafio entre eles.
E não vamos esquecer os grandes momentos de luta que Legolas deixou como legado aos restantes lutadores do cinema, dos quais destaco a excepcional capacidade de subir para um cavalo que já está em movimento e o "shieldboarding" do filme "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres" ou a forma como matou um elefante carregado de orcs no filme "O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei". Todos eles os meus favoritos dos filmes.

Não vi o filme da despedida, ninguém o viu ainda. Mas o realizador Peter Jackson deixou ontem um vídeo na sua página de Facebook do final das filmagens do actor no set de "O Hobbit". Segundo o realizador, a última cena, uma batalha em que o elfo defronta com um Orc, foi filmada durante 12 horas. O resultado desta cena só poderá ser visto em 2014, ano em que sairá o terceiro filme da trilogia. Depois de conseguida a cena, o realizador e o actor juntaram-se para "comemorar" todo o êxito e, nesse tempo, Peter Jackson diz (ainda na publicação feita no seu facebook) que não "resistiu" a fazer um vídeo de Orlando Bloom a cantar “They are Taking The Hobbits To Isengard”, ao mesmo tempo que viam o vídeo que em 2007 se tornou viral, sendo que actualmente tem 2.2 milhões de visualizações, em que um fã aproveitou a mesma fala (“They are Taking The Hobbits To Isengard”) para criar uma música e um vídeo muito divertidos.

 

Vídeo de Peter Jackson e Orlando Bloom

 Vídeo criado pelo fã em 2007

 

O adeus a Legolas chega depois do realizador já ter partilhado com os fãs o adeus às personagens Gandalf (Ian McKellen) e Tauriel (Evangeline Lilly). 

 

Quanto a nós, resta-nos esperar que 2014 chegue depressa. Enquanto isso, podemos assistir ao trailer do segundo filme de "O Hobbit", The Hobbit: The Desolation of Smaug, no qual Legolas aparece em destaque, e ver as primeiras imagens oficiais dos personagens.

O Trailer

 A imagem oficial de Legolas

 

Mensagem a Orlando Bloom:

Não me agrada nada saber que o Legolas deixará de fazer parte do cinema de 2014 em diante, mas tenho a certeza que o fim de uma personagem tão bem construída não será o fim de um actor tão talentoso e bem sucedido nos filmes que tem no currículo. Serás sempre bem-vindo aos ecrãs dos cinemas em Portugal. Obrigado pelo Legolas.

A pop art de Andy Warhol visita Lisboa

A Pop Art nasceu na década de 50, em Londres, mas obteve o seu maior desenvolvimento nos Estados Unidos na década seguinte. Sendo um dos meus movimentos artíticos favoritos, não podia deixar de visitar a exposição do artista que é considerado o "pai" da pop art “Andy Warhol – Icons – Psaier and The Factory Artworks”, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa.

Esta exposição integra o projecto A Arte Chegou ao Colombo, iniciativa lançada em 2001 e que, em anos anteriores, teve parcerias com o Museu Coleção Berardo (2011) e o MNAA – Museu Nacional de Arte Antiga (2012). Em 2013 e com a curadoria da exposição entregue ao crítico e historiador de arte italiano Maurizio Vanni e Guta Moura Guedes, diretora da ExperimentaDesign, chegam à Praça Central do Colombo 32 obras originais criadas através de fotografias, serigrafias, desenhos, colagens, e cartazes, entre as quais a famosa “Campbell’s Soup” e retratos de Marilyn Monroe e Mick Jagger. Podem também ser conhecidas algumas obras de Pietro Psaier, artista que colaborou com Andy Warhol.

 
A exposição temporária diferencia-se de outras exposições pela estrutura que a acolhe. Fiquei fascinada com a criatividade do Atelier de Arquitetura Likearchitects. Recorrendo ao ambiente industrial e ao imaginário pop característico do movimento, o Atelier utilizou 1500 latas metálicas e um tecto transparente para criar a estrutura (como podemos ver na imagem acima apresentada).    
 
Aqui ficam algumas imagens da exposição, das obras que mais gostei de ver ou rever:
(esta última imagem é de uma das criações de Pietro Psaier)
 
“Andy Warhol – Icons – Psaier and The Factory Artworks" chegou ao Colombo no dia 15 de Abril e por lá vai permanecer até dia 11 de Julho. Para além de ter obras originais do importante artista que foi (e ainda é) Andy Warhol no panorama artístico mundial,  o facto de ter entrada livre é mais uma razão para visitarem esta exposição.  

Mural #2

Mensagem que decora uma das paredes de um café em Esposende :)

 

 

"A amizade é semelhante a um bom café: uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primitivo sabor." (Immanuel Kant)

Estas palavras que me prendem #7

Desconfio

É falso.

Nada é o que parece

Quando tudo nos parece algo.

As lamentações prosseguem,

De que valerá a prece?

 

A confiança está presa por fios de cetim

E, pela noite, a confusão instalou-se.

Enfim, o que se previa,

O renascer da única certeza: o fim.

 

É falso.

O limite ultrapassado é a prova.

A incerteza guia-nos pela vida

Quando todos os caminhos se tornam escolhas.

As nossas dão-nos alma,

Conseguiremos aceitar as dos outros?

 

Quando percebemos que recordar mata lentamente

As lágrimas caem-nos pelo rosto.

Ninguém fica indiferente às lembranças

Mesmo que para o mundo fique transparente.

 

É falso.

Tornou-se complicado defender a sociedade

Da conspiração que a atinge.

A luz mostra-nos o reflexo da verdade

Através do espelho que a define.

 

No turbilhão de ideias que surge

Descobrir a melhor mentira é um desafio.

Se é falso não sei,

Mas desconfio.

                                          Joana Pires

II Ofir Surf Open

Hoje foi o primeiro de dois dias da II edição do Ofir Surf Open e o Few days on land não podia faltar.

Na véspera da comemoração do Dia Internacional do Surf, os desportistas das modalidades de Surf, Bodyboard e Longboard, nas categorias de Surf: Sub-18, Open e Open Feminino; Bodyboard: Sub-18, Open e Open Feminino; Longboard: Open, competiram na Praia de Ofir - Fão. O evento foi organizado pela Câmara Municipal de Esposende e pela Surfrider Foundation Europe, uma Organização Não Governamental do Ambiente. Aqui ficam algumas fotografias da autoria do Nuno Filipe Fotografia, meu amigo.

 

O ambiente

E os surfistas

A tragédia nascida de um grande amor

Cruel. Sem misericórdia. Difícil de assistir sem ficar emocionada. Diria que George R.R. Martin tem uma clara (e incómoda) preferência pelos vilões das suas histórias. Só esse facto explica o nono episódio da terceira temporada da série «A Guerra dos Tronos».

As pessoas que seguem a história da série depois de terem lido os livros esperavam este desfecho de temporada. Todos os outros fãs simplesmente não esperavam. Eu não esperava. É verdade que, pelo que tenho visto da série, os livros devem ser extremamente interessantes (e melhores) mas, por mais que quisesse ler toda a colecção num futuro próximo, parece que ainda vou ter de esperar bastante para isso. É preciso mais do que tempo... Para seguir esta história é preciso ter coragem.

Rejubilei com o início do episódio quando Catelyn Stark, a mãe, pediu ao Robb, o seu filho mais velho: "Mostra-lhes como é perder o que amam". A família Stark está a perder desde a primeira temporada. Para além da morte de Nedd Stark, o pai, e a destruição da "casa" Stark, os restantes elementos da família estão afastados uns dos outros. 

Pensei: "É desta que os traidores, os ambiciosos, aqueles que vivem para o dinheiro e lutam por cada pedaço de poder que puderem alcançar, vão ter o que merecem". 

Enganei-me.

Robb e a sua mulher, grávida, Talyssa, juntamente com Catelyn, foram ao casamento de Edmure Tully, o tio, que teria um autêntico banquete sanguinário como festa.

Durante o jantar, Robb esteve sempre muito sorridente, algo que não havia sido comum na personagem até então. Assim, era possível prever que a felicidade não duraria muito tempo. Entretanto, os fãs tiveram direito a uma cena emotiva que foi, ao mesmo tempo, uma despedida: Talyssa confessou a Robb que queria dar o nome do seu pai, Nedd, ao filho que o casal esperava, caso este fosse menino. Não chegaram a saber eles e certamente não chegam a saber os espectadores.

A forma como Catelyn se apercebe do que está para acontecer, reparando nos pormenores que a rodeavam foi muito bem pensada pelo autor da história e, em cena, a actuação da actriz Michelle Fairley é sublime. As portas são fechadas e soa a melodia de "The Rains of Castamere" (música da Casa Lannister), que em episódios anteriores foi apresentada como a música que havia tocado durante a execução de outra família.

 
A cena que se vê logo depois desta acaba com todas as expectativas de que alguém se salve. Os soldados matam o descendente de Robb ainda antes de matarem Talyssa e depois voam setas em todas as direcções. Se não me engano, voaram três em direcção ao Robb. É impossível ver esta cena sem estar minimamente chocado e emocionado. Impossível.
Robb ainda conseguiu levantar-se, ir à beira de Talyssa e perceber que nem ela, nem o filho se iriam salvar. Depois chamou pela mãe, que estava prestes a matar a mulher do homem que planeou este "banquete". Aquele "Mother" trazia tanto amor... Não fosse Roose Bolton escolher esse momento para assassinar Robb e Catelyn continuaria viva, a olhar para o seu filho mais velho para sempre.
Foi o golpe final para Catelyn. O filho do responsável pela tragédia, que já tinha matado Talyssa, matou Catelyn rasgando-lhe a garganta. Mas ela não precisava desse golpe. Catelyn já estava morta. E... I really don't see that coming! Por esta, eu não esperava. 
Toda a cena foi muito demorada. Eu diria que foi demorada demais. Principalmente para quem admira a família Stark. Os créditos não tiveram direito a música, não havia ninguém que suportasse música depois deste episódio. Apenas o silêncio.

Uma das expressões mais utilizadas ao longo da série é "Valar Morghulis" que, segundo soubemos nesta temporada quer dizer "All men must die" ou, em português, "Todo o homem deve morrer". É uma expressão crucial, principalmente depois de um episódio como este. A personagem que mais tem gerado controvérsia a quem assiste «A Guerra dos Tronos» é Joffrey Baratheon pela sua loucura exacerbada e pelos seus "requintes de malvadez". Mas um episódio pode mudar tudo. E mudou.

Ainda hoje é difícil dizer/escrever o nome das famílias responsáveis pela morte de um dos meus personagens favoritos. O Rei do Norte.   

Tornou-se claro que por mais tempo que passe e mesmo que acontecimentos futuros sejam piores, nenhum fã de «A Guerra dos Tronos» irá esquecer este episódio. Não é um exagero. O episódio foi trágico. Épico.

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