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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

Covers e mais covers

Não é difícil fazer um cover. Difícil é não tornar esse cover numa mera imitação da música original. E é o que mais tenho ouvido nos últimos tempos: cópias. Por isso, admiro os artistas que se apropriam de uma música que originalmente foi escrita e cantada por outro músico/banda mas que sabem dar-lhe uma identidade própria.

Na semana passada, conheci dois covers com abordagens muito próprias, originais e de boas vozes da actualidade.

Imaginem o seguinte... De um lado estão duas senhoras da pop, que andam constantemente em polémicas e do outro dois senhores que são, de momento, muito respeitados e têm um número considerável de fãs (basta ouvir rádio para saber que não se fala e não se ouve outra coisa). Falo de Miley Cirus e Rihanna versus Jared Leto (30 Seconds To Mars) e James Arthur, respectivamente. Aquilo que podia ter corrido mal acabou por correr melhor do que o esperado e as versões de «Wrecking Ball» e «Stay» tornaram-se mais agradáveis quando cantadas pelos rapazes. Por incrível que pareça, eles parecem mais adaptados à música dos que as cantoras originais. Não é que as músicas escolhidas sejam obras-primas e, para ser sincera, não percebi porque é que quer o James quer os 30 Seconds To Mars, pela voz de Jared Leto, decidiram fazer estas versões mas tornaram-se músicas interessantes nestes covers (o melhor é mesmo esquecer o conteúdo das letras e ter em atenção apenas as melodias e a adaptação das vozes às mesmas!).   




Theo Hutchcraft & Calvin Harris

Calvin Harris tem uma música nova. Pode não parecer nada de novo, ou algo digno de destaque neste blog, mas é, na minha opinião. E tudo porque o DJ convidou Theo Hutchcraft (vocalista dos britânicos Hurts) para dar voz à música. O resultado final é uma música normal, com uma letra normal, mas que é cantada por aquela que considero ser uma das melhores vozes masculinas do Synthpop/electropop.

O vídeo não é o melhor de sempre (está até bem longe disso) mas só por aparecer o Theo já merece a visualização. Para além disso, Calvin Harris e os profissionais que o acompanham foram perspicazes quando decidiram escrever o nome da música no Youtube como «Calvin Harris & Alesso - Under Control ft. Hurts». Não vi o Adam (o segundo elemento dos Hurts) no vídeo portanto deduzi que ele não participou mas percebo porque é que se lembraram de escrever o nome da banda e não Theo Hutchcraft, que seria mais justo para com o músico. Enfim...

A letra, como disse anteriormente, não tem nada a ver com as letras dos Hurts - que normalmente são criações bem mais aprimoradas - por isso aconselho o Theo a escrever um novo álbum para a banda. Sei que Exile, o segundo e mais recente álbum do duo britânico foi lançado em Março deste ano mas, uma vez que o segundo trabalho foi ainda melhor que o primeiro (que já era muito bom), os fãs (como eu!) não se importavam de poder ouvir novas músicas.

Enquanto não é lançado o terceiro álbum podemos ver e ouvir «Under Control»:

Mas os Keane vão separar-se?

 

Ontem, enquanto ouvia rádio, uma animadora "errou" ao alarmar-me com uma frase que incluía as palavras Keane e separação. A minha reacção foi: "O quê? Nao pode ser!". Quer dizer, como é que depois de anos e anos de um trabalho tão interessante, com tantos êxitos e com letras tão bem construídas algum elemento desta banda podia ter uma ideia tão triste? Os Keane foram, sem dúvida, uma das melhores bandas que já vi ao vivo, com uma capacidade impressionante de fazer a diferença, marcar o seu estilo e chegar ao coração dos fãs. O vocalista, Tom Chaplin, é um exemplo de superação e força por todos os problemas que teve que ultrapassar para regressar ao processo criativo com todo o empenho. Daí o meu espanto. É que depois de ouvir isto uma pessoa nem dorme bem! Era um pesadelo. E digo "era" porque quem é que vai confiar a 100% nas publicações do The Sun? Talvez eu com uma quantidade considerável de sono. Os Keane apenas vão dar um tempo a eles mesmos e às suas criações e com isso eu concordo. Deixo-vos o vídeo da música «Crystal Ball», uma das melhores, na minha opinião:

 

Diário de um Mestrado #2


Esta foi uma semana de diferentes lições sobre a vida de um jornalista. Durante estes últimos dias grandes frases foram ditas por professores que entendem, de uma forma muito própria, o que é fazer Jornalismo. E eu concordei com a seguinte:

 

 

"O Jornalismo é uma profissão heróica por ser uma arma poderosíssima.

Os jornalistas são confrontados com grandes exigências." 


 

É por causa de ainda existirem pessoas que acreditam no Jornalismo desta forma que eu acredito que será perfeito poder exercer esta profissão por toda a vida. É uma frase simplesmente inspiradora.

O adeus a Finn Hudson e Cory Monteith

Sigo Glee com alguma frequência e não estava a gostar do destino criado para a personagem Finn Hudson, mas gostei ainda menos do destino de Cory Monteith, o actor que dava vida ao personagem. Há muito tempo que a história Rachel/Finn estava desgastada. Na minha opinião, isso não se devia a falhas dos actores mas por sim dos criadores da série, que adiaram o final da história por tempo demais. Todos sabemos que o casal "prendeu" admiradores desde o início, mas pelo que li não era a única que não estava a gostar deste prolongamento desnecessário de uma história que todos sabiam como ia acabar. Sabiam. Hoje o final de Glee, embora seja certo (Ryan Murphy, o criador da série, já disse que Glee acaba na sexta temporada), é uma incógnita.
Uma vez que não consegui assistir ao episódio que a Fox Life Portugal exibiu no passado dia 18 (e graças à maravilha que é regressar atrás no "tempo televisivo"), assisti ontem a «The Quarterback», o episódio que ditou o adeus a Finn Hudson e Cory Monteith.
Era certo e sabido que o Mundo ia chorar. Acho que os seguidores de Glee precisavam de um desfecho, algo que lembrasse a personagem Finn e o actor Cory ao mesmo tempo e que desse alguma conclusão ao enredo de Finn na série, permitindo aos fãs uma aproximação a Cory. Uma merecida homenagem. Qualquer desfecho iria trazer consigo lágrimas desde o segundo número um. Talvez isso não tenha acontecido com todos os espectadores do episódio mas foi o que aconteceu comigo.
«The Quarterback» começou com a música «Seasons of Love», que juntou os actores originais da série (alguns deles viram o seu papel reduzido a episódios especiais entre a quarta e a quinta temporada) aos actores actuais no palco de McKinley, a escola onde Finn foi aluno e agora se preparava para ser professor. Foi um início marcante e como espectadora, foi difícil conter a emoção, principalmente porque os próprios actores estavam visivelmente emocionados nesta cena. Quando a canção acaba já o elenco está a olhar para a fotografia de Finn, exibida em palco. Coincidência ou não, no final da música a luz que incidiu sobre os colegas e amigos de Finn formou um coração ao redor dos actores e, segundo informações dadas pelo responsável de fotografia de Glee, não estava previsto que isso acontecesse. 
Antes de o episódio se exibido nos Estados Unidos não se sabia muito sobre a homenagem. Apenas aquilo que alguns dos actores disseram ou escreveram em entrevistas ou nas redes sociais sobre o argumento do episódio. «The Quarterback» foi descrito como emocionante e muito bonito.
Os melhores momentos do episódio
Sinceramente, ao fim de algum tempo tornou-se cansativo ler as notícias sobre o elenco e sobre a série porque em nenhuma delas era esquecida a causa de morte de Cory e todos os pormenores sobre o incidente. Concordei com o que disse Kurt, irmão de Finn, que refere que o importante é como ele viveu. Uma cena muito simples mas que acaba por passar a mensagem de que o importante não é atribuir uma causa de morte ao personagem mas sim celebrar que o facto de ele ter existido.
O próximo grande momento é protagonizado por Carole, a mãe de Finn. Carole faz uma sólida reflexão sobre como é possível que os pais continuem a viver depois de perder um filho dizendo que "tem que continuar a ser mãe, mesmo que não tenha mais nenhum filho". Simplesmente comovente.
(O Memorial preparado pelos amigos e colegas da escola)
Ao longo das diversas performances musicais vamos percebendo que os actores estão tristes de verdade. Percebi isso quando vi o Puck e a Santana a chorar porque, normalmente, ambos têm um choro pouco verdadeiro e, neste episódio, é clara a intenção de mostrar que as lágrimas não faziam parte da ficção. Para além disso, quando Santana canta «If I Dye Young» e não consegue terminar a canção por causa da comoção que a envolve...  É óbvio que aquela reacção é também um pouco da Naya Rivera.
Sue Silvester, que na maioria das vezes insulta os membros do Glee Club, acaba por adoptar um discurso de boas lembranças em relação a Finn. No entanto, ela diz aquilo que nós podemos pensar quando lembramos Cory Monteith: "Não há uma lição aqui. Não há um final feliz. Nada. Ele simplesmente desapareceu".
O stock de Kleenexes já estava praticamente no fim quando Rachel (Lea Michele) apareceu (imagino o quão difícil foi para Lea filmar este episódio). Rachel aparece junto ao Memorial criado pelos amigos de Finn (tal como aconteceu quando Lea foi visitar o Memorial criado pelos fãs junto ao hotel onde Cory morreu) dizendo: "É lindo. Eu só tinha que ver". Nessa altura tornou-se claro, para mim, que tal como se pretendia homenagear Finn e Cory ao mesmo tempo, também Rachel e Lea dividiram os papéis na homenagem. Na verdade, Rachel sempre foi a personagem que chorou mais facilmente mas, tomando como comparação o último episódio da terceira temporada e a cena de choro que teve que preparar ao ver o seu namoro com Finn chegar ao fim, percebemos que enquanto cantava «Make You Feel My Love» o seu choro era diferente, era verdadeiro, comovente e angustiante, ao mesmo tempo. Foi um momento em que a Rachel chorava pelo Finn e a Lea pelo Cory.  Rachel falou ainda sobre o facto de conseguir falar, ver e ouvir Finn e de ter um futuro planeado ao seu lado. Como seguidora da série, fiquei surpreendida com a interpretação de Lea (assim como a de todos os outros elementos do elenco). Este episódio foi, sem dúvida, um dos melhores que Glee já teve.
Rachel, depois de ter uma longa conversa com Mr. Shue, entregou ao professor uma homenagem preparada por ela para ficar na sala dos New Directions. No quadro podia ler-se: "The show must go... all over the place... or something". Foi um tributo bonito, uma homenagem merecida por tudo o que Finn deu a Glee e pela simpatia de Cory.
Aspectos que podiam ter acrescentado qualidade ao episódio
Tal como disse anteriormente, este foi um dos melhores episódios de Glee. De qualquer forma, acho que o episódio podia ter tido uma duração mais alargada visto que se tratava de um tributo a uma personagem e, ao mesmo tempo, ao actor que a interpretou. Acho que a inclusão de imagens inéditas quer de gravações que não foram incluídas na série ou imagens de bastidores com os colegas de elenco podiam ter um resultado interessante também. Isso não apaga da memória de seguidores e fãs que este foi um episódio excelente, com muitas emoções fortes e com um argumento muito bem construído. Mas, na minha opinião, podiam ter aproveitado a oportunidade para fazer algo parecido para homenagear o actor que foi Cory Monteith. Só isso.
P.S. Para quem ainda não teve a oportunidade de assistir, o episódio «The Quarterback» vai ser exibido novamente amanhã às 15:40 na Fox Life Portugal.

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