Se eles soubessem o quanto o dia de amanhã é importante, estavam aqui. Mas não estão. Segue a vida, vivida com confiança em quem nunca nos abandona, em quem nos conhece. Agradeço a Deus pelos obstáculos que põe no meu caminho e pela força que me dá todos os dias para os vencer. Ultrapassei os limites do cansaço e o nervosismo não me deixa, mas confio... Tenho fé. Fé de que o amanhã seja aquilo que eu preciso: um dia sereno com os momentos importantes a correr tal como planeado.
Entretanto, li este poema de Álvaro de Campos e está lá tudo o que havia para dizer sobre o amanhã... Não podia deixar de partilhar um excerto.
ADIAMENTO
"Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã... Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã, E assim será possível; mas hoje não... Não, hoje nada; hoje não posso. A persistência confusa da minha subjetividade objetiva, O sono da minha vida real, intercalado, O cansaço antecipado e infinito, Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico... Esta espécie de alma... Só depois de amanhã... Hoje quero preparar-me, Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte... Ele é que é decisivo. Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos... Amanhã é o dia dos planos. Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo; Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar, Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo. Só depois de amanhã... "
Chelsea May Wheatley also known asChela é uma cantora e compositora australiana. Com residência em Melbourne, Chela é uma das mais recentes aquisições de sucesso para o indie-pop, electro-pop e synth-pop australiano. Facto que nos prova que desde que à música que escreve esteja directamente associado o pop, está tudo bem para a artista. Depois de ter colaborado em diferentes projectos musicais - sendo o mais conhecido Goldroom, projecto musical do também produtor Josh Legg, de Los Angeles - começou por apresentar algumas músicas a solo que, por sua vez, a apresentaram às luzes da ribalta.
"I think I've always had that struggling creative inside of me [...]
Chego à conclusão que se algumas pessoas passassem tanto tempo a cuidar da sua vida como passam a tentar mudar a vida dos outros, os seus problemas estavam resolvidos. Vivem num "não ata nem desata" constante e pleno de frustrações. Ao mesmo tempo não vivem e fazem tudo para que os outros não vivam.
Se me perguntarem o que ando a ouvir e eu responder "husky" provavelmente a primeira coisa que irão pensar é que em vez de andar a ouvir música, ouço latidos de cães de porte médio, pêlo branco (às vezes pintalgado de castanho ou preto) e de olhos azuis. Mas, na verdade, o que ando a ouvir é uma banda australiana que conjuga da melhor forma o indie, o folk e o rock nas suas criações musicais. Husky Gawenda (vocalista/guitarrista), Gideon Preiss (teclados), Evan Tweedie (baixista), Luke Collins (baterista entretanto substituído por Arron Light, embora este não faça parte do núcleo "duro" da banda actualmente) nasceram e cresceram em Melbourne onde, em 2008, acabaram por renascer enquanto Husky.
“It took a lot of will power to start singing my own songs
in front of anybody, but I was determined to do it,
because I always had the dream of playing music as my way of life.”