A Rihanna é uma daquelas artistas que não se diz que se ouve. Convém... Ao estilo do Bieber. Mas, de repente, este Anti ia ser tudo... Eram as revistas e os experts no assunto a dizer que estavam muito ansiosos pelo disco, que ia ser diferente, muito mais underground, muito menos pop, que prometia muito. Prometia, prometia mas... Não cumpriu. Pelo que li, só o lançamento originou vários contratempos: primeiro era para ser lançado numa data, depois era para só ser disponibilizado a alguns clientes em primeira mão, e acabou por "cair" na internet, disponível e gratuito para quem quisesse fazer o download. A polémica levou-me a perder algum tempo a ouvi-lo. É que foi mesmo uma perda de tempo!
Comecei a ouvir enquanto escrevia umas coisas para o trabalho (só assim é que consigo ouvir música agora). Passado 20 minutos pensei: então mas isto ainda está na mesma música?. Estava na sétima. Achei as músicas muito semelhantes. Não começou muito bem. "Kiss It Better" pareceu-em ser a canção menos má desses 20 minutos, é mais o estilo dela. Em "Work", canção-tipo de Rihanna, a cantora parece uma autêntica criança a cantar. Na na na. Uaba Uaba. Ta ta ta. Não percebi.
Depois de tudo isto, o disco é uma valente seca. Na minha opinião, acrescenta muito pouco ao que ela tinha feito anteriormente e acredito que a Ri Ri não queira voltar a ir por estes caminhos. Talvez "Never Ending" se salve por entre os pingos da chuva e ainda tínhamos de pensar bem nesse assunto. Tem muitos sons que relembram outros artistas. E quando pensamos "ok é melhor nem falar nisso para não parecer que isto está um desastre completo e nada se aproveita", esta senhora resolve fazer uma cover de "New Person, Same Old Mistakes", dos Tame Impala. Aí sim o desastre total.
Não sou a maior fã de sempre de Tame Impala. Considerei o álbum deles o melhor de 2015 porque o é e porque sigo o percurso que têm vindo a fazer. Há muitas músicas que são das melhores que tenho ouvido nos últimos anos, mas não sou uma enciclopédia no que respeita à banda. E, ao que parece, a Rihanna também não é. Uma verdadeira fã da canção, que ela intitulou de "Same Ol Mistakes", nunca faria o que ela fez: nada. O Kevin Parker já cantou na versão original todos os falsetes que Rihanna tenta imitar. Ela podia ter feito muito mais do que apenas cantar a música como se estivesse a adormecer. Se forem ouvir as duas versões supostamente distintas percebem que é só tirar as partes em que o Kevin não faz falsetes e temos a linha musical da versão incluída em Anti, ou seja, é como se a Rihanna se tornasse uma das backup singers dos Tame Impala (que eles não têm mas podiam precisar para trazer ao Alive). Ridículo. Chega até a ser insultuoso.
Depois de ouvir isto, recupero esses grandes versos de "Work": Na na na na na na!
Então não é que de tudo o que aconteceu de bom em 2015 (e não foi muita coisa) eu não posso contabilizar a reunião de Jamie xx com a Romy e o Oliver (The xx), o Four Tet e a Stella Mozgawa (baterista das Warpaint) para tocar "Stranger In a Room" e "SeeSaw" - duas canções de In Colour, álbum de Jamie xx e um dos melhores do ano- ao vivo e a cores? Pois é... Isto já aconteceu há uns meses e esteve disponível no Youtube praticamente desde então, é verdade. Mas eu não tinha visto o resultado final da actuação desta super banda, nos estúdios da BBC, até à semana passada. De facto, um dos grandes marcos musicais de 2015! Depois de tanta pesquisa - e nenhuma parecia surtir efeito - eis que o vídeo aparece, como que por milagre, nas sugestões/recomendações do Youtube. Porque será?
São versões diferentes das que ouvimos no disco. Gostei muito desta nova roupagem, embora considere ambas as versões verdadeiras obras-primas musicais não só do ano que passou, como da década... Do século! Ora vejam lá se não está aqui uma relíquia:
I tried all my tricks, I broke all-new ground And in this final hour, look what I found I got this whole damn thing the wrong way around.
Cause people gonna judge and people gonna talk And they can say what they like Won't keep me up at night, no".
P.S. Não se importem com o que os outros pensam/dizem sobre vocês. Vivam a vida livremente. Há pessoas que falam dos outros porque não têm mais de quem falar. A vida delas não tem histórias (por mais que as inventem...). Há por aí muito quem ache que para se integrar tem que desintegrar os outros. Não acreditem. O silêncio vale sempre mais! Concentrem-se no vosso caminho.
Este texto foi escrito por um génio. Mais um dos grandes textos humorísticos dos elementos do "Porta dos Fundos". Todos estiveram muito bem mas o Fábio Porchat... A sério, não há como não rir demais com esse cara!
1) "Não vou mais de Emirates... Acabou essa palhaçada!"
2) "Mohammed... Tu ia amar o Rei Leão!"
3) "Você ficou o tempo todo lá passeando?
- Nada! Trouxe PRESENTEEEESSSS!"
4) "Vocês encontrou o nosso contacto em Nova Iorque?
- Encontrei! Quem é que eu não encontrei em Nova Iorque?!"
Mas, e a questão central? Cadê a bomba?
"A bomba? Fui entrar no castelo da Cinderela, a própria, em pessoa, me falou assim: