i know too well how it feels when you fall
"I've been praying, for a brighter day
I've been praying, trying to find my way
Cause time moves on and seasons change
Nothing ever stays the same
Praying, I keep praying".
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"I've been praying, for a brighter day
I've been praying, trying to find my way
Cause time moves on and seasons change
Nothing ever stays the same
Praying, I keep praying".
Os últimos tempos estão a ser penosos para os fãs de música. Perdem-se ícones, perdem-se ídolos. Perde-se aquela figura que, embora não nos seja próxima, nos diz tanto. A música dá-nos as melodias e as vozes que marcam a nossa vida. E a voz de Chester Bennington, tão icónica e poderosa, vai trazer-nos recordações. Para sempre.
"'Cause everything that you thought I would be Has fallen apart right in front of you" |
Não sou rapariga para ser fã do rock mais puro - aquele rock dos gritos intermináveis no final das palavras e das frases ou dos refrões, do moche nos concertos e das baterias levadas à exaustão. Por essa razão, as bandas que acompanho deste estilo são poucas mas entre elas estão os Linkin Park. Desde que me cruzei com esta terrível notícia, tenho lido alguns comentários de fãs a agradecer à banda e, particularmente a Chester, ter marcado vários momentos da sua adolescência. Estou com eles nesse agradecimento. Vivemos num mundo distorcido, apagado. As pessoas não estão preparadas para ouvir o outro e perceber as situações com que lida, sejam elas boas ou menos boas. As pessoas podem querer saber o que se passa na vida de alguém apenas na lógica de comentar com a pessoa do lado. Não prestam a devida atenção a determinados silêncios e a determinadas atitudes. É bom ter músicas que nos acompanhem nos bons e maus momentos e que nos expliquem que o que sentimos não é só nosso. Há outras pessoas que sentem e passam pelo mesmo que nós e ao escreverem sobre isso ajudam-nos de uma forma que talvez nem entendam. Talvez o ser um exemplo e carregar uma mensagem de esperança e compreensão não seja suficiente. Afinal, quem é que depois faz o mesmo por eles? Ainda assim acho que a vontade dos fãs ou de quem simplesmente se identifica com determinada banda, artista ou canção, neste caso, é passar a ideia de que a mensagem chegou e tocou os seus corações. E os Linkin Park conseguiram isso com o Chester.
Pelo que disse anteriormente podem perceber que não vou começar aqui a apresentar-me como fã número 1 dos Linkin Park, mas que a voz de Chester não me era indiferente, isso não era. Na verdade, há muitas músicas que gosto e ouço regularmente desde que comecei a seguir a banda, na última década e meia sensivelmente - ainda na semana passada voltei a ler umas letras com as quais me identifico bastante e não consegui passar sem ouvir as respectivas canções. Há umas quantas que até sei de cor desde então. A entoação característica de Chester, aquela voz tão peculiar, e Mike, com uma identidade musical também muito vincada, é "a cereja no topo do bolo" que é a banda. Ou era. Duvido sinceramente que alguma vez os Linkin Park possam recuperar desta perda.
Ainda me custa acreditar que é verdade. Acho que acima de tudo custa-nos perceber porquê. Entender o que leva tantos artistas por este caminho. Esperamos encontrar algum consolo nas músicas que ficam, nas memórias que nos trazem, na mensagem que nos chegou. No que fica de bom, obviamente. E esperamos que o mundo da música recupere desta nova perda, igualmente marcante.
"I will never know myself until I do this on my own | "Sometimes solutions aren't so simple |
As músicas que escolhi são apenas algumas das minhas preferidas. Vão ficar por referir tantos outros marcos musicais como "In The End", "Crawling", "Bleed it Out" ou "Given Up", por exemplo.
"Do you feel cold and lost in desperation? |
"When my time comes |
Eram uma das bandas que eu gostava de ter visto ao vivo. Estes Linkin Park. Da última vez que estiveram no Rock in Rio Lisboa acompanhei o concerto e achei que o live deles era incrível. Tinha curiosidade de assistir a um concerto em nome próprio, exactamente para ouvir o Chester. Infelizmente, a partir de ontem, é um daqueles sonhos impossíveis de concretizar. Que bom seria poder acordar daqui a pouco e perceber que não é verdade e que a música não está a sofrer outra perda prematura de um artista único? Seria muito bom! Mas é verdade. Outra vez.
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(fotografia retirada do site da Blitz)
RIP CHESTER BENNINGTON