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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

Álbuns de 2015: What Went Down, dos Foals

Li algumas entrevistas dadas pelos Foals e a primeira coisa que pensei foi: "deve ser muito difícil simpatizar com esta banda". Parecem muito convencidos do que fazem e do seu valor face a outras bandas e músicos e normalmente não aprecio muito isso na abordagem aos media. Mas ouvindo What Went Down percebemos que esta banda tem razões para tamanha irreverência e segurança no que diz respeito ao seu trabalho. O vocalista tem, aliás, ar de tomar em si grande parte destas características. Valha-nos o provérbio «quem vê caras, não vê corações». Continuo a pedir mais contenção nas afirmações, no entanto, se for para continuar a escrever assim, façam/digam o que tem de ser feito/dito.

 

Assim que ouvi o álbum percebi que se trata de uma composição muito rica, completa. No final da primeira faixa, "What Went Down", já estava conquistada. E eu nem estava especialmente atenta ao percurso dos Foals. A música é magnificente e o final é puro rock, com a bateria a provocar sobresaltos,acompanhada de uns graves imponentes. Sou suspeita para dedicar muitas palavras a "Mountain At My Gates", uma das mais belas composições que ouvi nos últimos tempos. As guitarras são sublimes! Um ritmo extremamente bem marcado. 

 

     

foals_what_went_down.jpg

 

Depois do groove de 'Birch Tree', mais melódica, começa 'Give It All'. O início faz-nos pensar que aquilo está a acalmar, porque traz mais melodia. Fez-me lembrar a sonoridade dos The xx. Aquelas guitarras têm qualquer semelhança com a sonoridade da banda britânica. Tem um dos melhores refrões do disco. Percebemos que isto pode ficar mais calmo e continuar com muita qualidade!


Mas entretanto chega 'Albatross' e a calma ficou lá atrás. O ritmo, mais uma vez marcado com excelência, e a força da voz do vocalista impressionam a cada segundo que passa. Embora a versão acústica seja bem apetecível, este rock todo acaba com qualquer um. Incrível final, no limite da criação mais melódica do rock. Faz lembrar quem? Na verdade, ninguém. Começo a perceber que estes finais cheios, completos, são uma características da banda. 
'Snake Oil' passa sem deixar grandes notas de análise. 'Night Swimmers' e 'London Thunder', prestam-se melhor a esse trabalho. A primeira por ser extremamente dançável, a segunda por ser uma balada carregada de melodia e com períodos bem ritmados (sem nunca perder o tom de "falar ao ouvido") uma constante em What Went Down, como se pode constatar. As variações da voz do vocalista e os jogos vocais que vai criando merecem destaque.

 

Em suma, é um bom álbum, animado, com várias canções pautadas por ritmos marcantes. As melodias são excelentes, as guitarras poderosas, e os refrões têm força para sustentar tudo o resto. O som e os coros são dignos de recordação. A conclusão é que as massas ainda não acordaram para tudo o que os Foals podem ser.

 

Partilhei a minha música favorita há muito pouco tempo por isso partilho uma outra de que também gosto imenso: 

 

 

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