Como sabem representei o Few days on land na escolha do melhor álbum de 2015 para integrar a categoria de música do "Melhor de 2015", desenvolvido pelo Sapo. Nesse sentido, e para "facilitar" a minha escolha, tive de listar os álbuns que se apresentavam como possíveis vencedores da categoria.
A lista não tem nenhuma ordem específica. É apenas uma lista, onde constam diversos nomes, de vários estilos musicais e com diferentes influências mas que, em jeito de balanço, são marcos incontronáveis do ano de 2015. Seria difícil para mim fazer um top 10 através desta lista, tenho vários favoritos e que gostava de adquirir para guardar. Ainda assim, é importante destacar o álbum vencedor - Currents, dos Tame Impala - porque considero-o o mais surpreendente do ano no estilo. Ainda terei oportunidade de justificar melhor a minha escolha.
Esta é, então, a minha lista de discos que, pelas suas características e pelo que trouxeram de positivo à música este ano, merecem destaque. Ainda que só um tenha ganho no final, há grandes discos para ouvir e apreciar e alguns deles serão destacados aqui no blog, até ao final do ano.
'Surrender'
Hurts
'No No No'
Beirut
'Caracal'
Disclosure
'In Colour'
Jamie xx
'Currents'
Tame Impala
'Glitterbug'
The Wombats
'Sound & Color'
Alabama Shakes
'How Big, How Blue, How Beautiful'
Florence and The Machine
'Multi-Love'
Unknow Mortal Orchestra
'Policy'
Will Butler
'In Dream'
Editors
'Oh Wonder'
Oh Wonder
'What Went Down'
Foals
'Depression Cherry'
Beach House
'New Glow'
Matt and Kim
'Kindred'
Passion Pit
'Music Complete'
New Order
'A Head Full Of Dreams'
Coldplay
'I Love You, Honeybear'
Father John Misty
'Marks To Prove It'
The Maccabees
'Love + War'
Kwabs
'Beauty Beyond The Madness'
The Weeknd
Outros artistas com novidades em 2015 que merecem ser ouvidas:
The Neighbourhood - Wiped Out! Lianne La Havas - Blood MS MR - How Does it Feel Toro y Moi - What For? Emile Haynie - We Fall Björk - Vulnicura Strings Best Coast - California Nights Years & Years - Communion Death Cab for Cutie - Kintsugi Imagine Dragons - Smoke+Mirrors
E vocês, já têm uma opinião formada sobre o melhor álbum de 2015? Quero saber tudo! Por isso, convido-vos a deixarem a vossa opinião nos comentários.
Os Coldplay estão de volta e com eles a energia que caracteriza os últimos registos discográficos da banda. Mais pop, é verdade. Mais adequado ao mercado musical, é verdade. Ultimamente são estas músicas que vendem e as bandas estão a adaptar-se. Não têm que fazê-lo e conheço pessoas que estão tristes pelos Coldplay se estarem a adaptar às exigências do mercado. Compreendo que muitas vezes não é a melhor estratégia, mas gostei das novidades. "Adventure of a Lifetime" é o primeiro single do novo álbum, A Head Full of Dreams, que será lançado no dia 4 de Dezembro. A nova música soa-me bastante a "Happy", de Pharrell Williams, ou "Get Lucky", de Daft Punk. Lá está, comprova o que disse anteriormente: para o bom e para o mau é o que vende.
Gosto da energia da canção. A voz já é inconfundível e continua fantástica. Ao ouvir com atenção consigo perceber que isto em concerto funciona muito, muito melhor, já que tem aquela sonoridade divertida e dançável que dá espectáculo. E os Coldplay têm lançado muito material deste género nos últimos anos.
Se, ainda assim, temos saudades de baladas como "Yellow", "In My Place", "Trouble" ou "The Scientist"? Sem dúvida!
Os Coldplay voltaram. Na verdade, eles nunca desaparecem por muito tempo (e ainda bem!). Mas então porquê o título? Vejamos... Chris Martin tem uma voz bonita. Assim sendo, não precisava modificá-la recorrendo a instrumentos capazes de sintetizar vozes. Inicialmente, não gostei de «Midnight». Agora, confesso, talvez me esteja a habituar a ouvir Coldplay noutro registo. Algo mais alternativo, mais livre, menos pop-rock (partindo do pressuposto que a banda britânica tem vindo a ser cada vez menos rock) e que não deixa de ser interessante. Daí a surpresa de muita gente ao ouvir esta canção: a diferença quando comparada com o que é usual em Coldplay. E essa diferença desapontou muitos fãs da banda, segundo se pode perceber pelos comentários ao vídeo oficial no youtube. Principalmente pelo facto de que quando nos tornamos fãs de uma banda, queremos que ela continue a representar as razões pelas quais se tornou uma preferência nossa. É normal. Mas também é normal que as bandas tentem inovar, cativar novos públicos, ou apenas fazer algo diferente, o que não significa que todo o processo criativo a partir desse momento vai ficar condicionado por essa experiência, por uma nova abordagem musical. Aliás, há muito de Coldplay nesta música (talvez por isso Chris Martin dificilmente funcionasse a solo).
Quanto aos restantes pormenores... A letra está muito bem construída, contém elementos que a banda sempre soube trabalhar. São profundas, intensas e têm significado. Posso não ter gostado da música no início, mas gostei muito do vídeo em que os Coldplay aparecem (de certa forma) abstractos mas sempre coloridos. Não é um vídeo típico, mas funciona. Estamos 'cansados' de conhecer as caras dos elementos da banda, então não existe a necessidade de aparecerem ao vivo e com as cores devidas a toda a hora e em todos os vídeos musicais que filmam. Tentaram o alternativo em todos os pormenores, e isso não é depreciativo. Pelo contrário.
"And I could write a song A hundred miles long Well, that's where I belong And you belong with me And I could write it down Or spread it all around Get lost and then get found Or swallowed in the sea."
Coldplay, sweet Coldplay. Uma música com uma cor no título só podia ser a «Yellow», uma balada do álbum «Parachutes», uma letra com "máximas" muito queridas mesmo ao estilo de Chris Martin. Já para não falar na voz dele que é perfeita. Estas são algumas razões para os Coldplay serem considerados uma daquelas bandas intemporais. Daqui a 100 anos as suas músicas ainda serão conhecidas e apreciadas.