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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

O ensaio de Cláudia e Isaura antes da grande final

E que bem que soa o mais recente ensaio que a Cláudia e a Isaura fizeram no Eurovision Song Contest! O ensaio do Jury Show de ontem à noite serve para extrair um minuto de apresentação da nossa canção a ser visualizado na primeira semifinal (aquela em que podemos votar), sendo que a atuação completa na televisão só vamos ver no dia 12, na grande final. Isto de ganhar é outra categoria. Como sabem esta era a minha 2.ª favorita no Festival da Canção mas sempre disse que se ganhava ficava muito feliz também e ia apoiar. E é verdade. Acho mesmo que estamos muitíssimo bem representados pelo segundo ano consecutivo e isso deixa-me muito expectante não porque vamos ganhar pela segunda vez (sempre disse que isso seria extremamente improvável) mas porque vamos fazer boa figura, no matter what. E isso é algo que me deixa muito satisfeita. Para além de que me está a parecer muito bom o som da Altice Arena!! Ainda assim, na minha opinião, merecíamos o Top 10. 

 

 

Outras perspectivas:

 

 

P.S. Logo vou assistir à primeira semifinal e estarei a comentar alguns momentos e canções que me parecem relevantes no Facebook do blog, como fiz no ano passado porque foi muito divertido e porque este ano somos nós a organizar todas estas galas e não podia deixar de ver como nos portamos! Passem por lá se quiserem dar a vossa opinião :) Tragam boa disposição!  

Festival da Canção: o meu top 3

Depois de ouvidos os temas da 1.ª e da 2.ª semifinal do Festival da Canção e de apurados os temas para a final de Guimarães, defini um pequeno top com as que considero serem as três melhores músicas e interpretações. É óbvio que tenho uma preferência (para que seria um top numerado se assim não fosse), mas desde que o artista selecionado para nos representar seja um dos três que identifico ficarei feliz.

 

Número 1: janeiro, "(sem título)"

Digam que ele é igual ao Salvador, eu vou contradizer-vos. Digam que ele tenta imitá-lo, mais depressa o faço. Inspirações existem, ídolos existem, amigos com os quais nos identificamos e com quem partilhamos características da nossa personalidade também. Salvador Sobral existe um, tal como janeiro. 

A existência em palco é completamente diferente, a música é ainda mais "despida" de arranjos instrumentais. A voz é doce e o acento é maravilhoso. Janeiro, um rapaz de fato-macaco, sentado numas escadas, com auriculares nos ouvidos, um ar de nerd e uma fita na cabeça a tocar guitarra e a cantar-nos ao ouvido um poema brilhante sobre como o amor pode ser tão maior do que 10 Lisboas (não podia concordar mais!). Um representante que menciona Lisboa na canção quando a Eurovisão acontece pela primeira vez em Portugal. Querem diferente de Salvador? Aí o têm. Dispenso outros episódios de bastidores que nada têm a ver com o que devíamos estar aqui a julgar: canções. Tenho dito. 

 

 

 

Número 2: Cláudia Pascoal/Isaura, "O Jardim"

Foi a primeira coisa que disse esta manhã no Facebook do Few days on land: fazia falta na final uma canção que fosse verdade, cor e movimento em três minutos. E, mais importante, mantendo a sensibilidade da interpretação e da letra. Cláudia Pascoal e Isaura conseguiram-no. A verdade é a da letra, uma história real, uma despedida sentida. A cor dos pormenores melódicos que na voz da Cláudia ficam incríveis. E o movimento dos acordes e arranjos. Quem disse que uma música de despedida não pode ter um ritmo marcado e distinto? Esta música tem voz, letra, música e interpretação na dose certa e por isso funciona tão bem. Emocionei-me.

 

 

 

Número 3: Diogo Piçarra, "Canção do Fim"

O talento do Diogo é indiscutível, tanto como cantor como enquanto letrista. Soube construir uma carreira depois de participar num talent show, encontrou um público fiel e é hoje um dos mais acarinhados músicos pop portugueses. Se não fosse por mais nada, por aquilo que alcançou já seria um digno representante. Mas depois aparece-nos com a "Canção do Fim" e anexa outra justificação à escolha. Estava à espera de mais, confesso. Algo com um ritmo mais marcado, mas que não perdesse a capacidade de emocionar-nos a todos. O Diogo faz isso muito bem. A música "Verdadeiro" é um claro exemplo de uma canção que consegue mostrar toda a amplitude vocal de Diogo Piçarra e ao mesmo tempo envolver-nos na história que é contada. 

A "Canção do Fim" é belíssima. Com todo o sentimento da interpretação e com os instrumentais pauta pela diferença (foi também o que convenceu na vitória do Salvador no ano passado). Eu entendo a mensagem que o Diogo quis passar mas acho que se torna repetitiva no contexto da Eurovisão, falando deste ano em específico (não sei se já ouviram falar da mensagem da música italiana?). Sinceramente, não acho que seja das melhores letras do Diogo. E não me fez sentido ele estar sentado no meio dos músicos. Bancos a girar? Ora apetece estar de perfil, ora de frente... Acho que devem pensar numa forma melhor de arranjar o palco para a final. A voz é incrível? É sim senhor. A melodia é boa q.b., mas esperava mais. Ainda assim, dentro das opções, parece-me uma boa escolha para a Eurovisão.   

 

 

 

Só mais uma coisa... Percebo que nesta altura ainda seja uma escolha que depende de quem consegue comunicar mais com o público, de quem passa melhor a mensagem ou de quem tem a música que emociona, sensibiliza ou simplesmente chama mais à atenção. Mas, sinceramente, acho que depois de selecionada a música vencedora devemos apoiá-la e não lançar críticas e ataques nas redes sociais porque isso é que não nos vai ajudar a ganhar de certeza. No ano passado, o vídeo do Salvador esteva repleto de críticas de portugueses e depois foi o que foi. Sinceramente, não acredito que ganhemos. Não tem nada a ver com a qualidade das músicas, tem a ver com outros factores. Este é o meu top, mas vou estar a ver e a torcer pelo nosso representante. 

Bruxelas: as cinco igrejas obrigatórias no roteiro turístico

Este ano decidi visitar Bruxelas com as minhas amigas nas férias, uma  girls trip à capital da política europeia, portanto. E tinha tudo para começar a falar-vos da viagem pela visita ao Parlamento Europeu ou pela beleza e o encanto das praças repletas de pessoas de várias nacionalidades a conviver, pelos belíssimos parques e os incomparáveis museus (havia mais adjectivos para descrever cidade tão bela e interessante, como estes, mas com o tempo lá chegaremos). A verdade é que isso é o mais normal e não me apeteceu ser normal num post tão importante para o blogue (mais informações no final).    

 

De facto, as igrejas não têm o destaque que merecem nos guias turísticos, talvez porque se quer é ver os locais onde toda a gente vai. Ora, ainda bem que os turistas vão para os sítios mais concorridos. Assim posso visitar as igrejas com o devido silêncio e, acreditem, esta apreciação de arte sacra em silêncio pode dar-nos momentos verdadeiramente emocionantes.

 

Cathédrale des Saints Michel et Gudule

(Rue du Bois Sauvage - visita gratuita -  mais info)


Estão a ver aquela suposição que fiz no parágrafo anterior sobre o facto de não serem muitos os turistas a visitar as igrejas? Bom, não se aplica totalmente à Catedral de São Miguel e Santa Gúdula. Na verdade, esta é das poucas que está nos guias e cuja visita é amplamente aconselhada mas o sucesso é no exterior e não no interior. Não sei se as pessoas têm problema em entrar em locais religiosos ou se acham que não vale a pena. Bem, uma selfie com um monumento desta magnitude e imponência é outra coisa, certo? Está bem, mas perderam o seguinte:

 

 

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A imponência do edifício conjuga-se na perfeição com o detalhe e a precisão dos vitrais. As cores, as histórias refletidas, as personagens biblícas... Que beleza! Depois, a magnitude dos órgãos de tubos, tão bem tratados que parecem novos, as estátuas dos apóstolos e, em particular, a estátua em ouro de São Miguel Arcanjo, santo padroeiro da igreja e da cidade de Bruxelas, são outros aspectos da catedral a conhecer. Definitivamente. As primeiras movimentações para a sua construção são do século VIII - acredita-se que foi nesse século que uma pequena capela foi construída, dois séculos mais tarde foi alterada para uma igreja do estilo românico e no século XIII foi então começada a construção da catedral com a dimensão que apresenta hoje. Estas alterações apenas ficaram concluídas no início do século XVI. A catedral é um exemplar do estilo gótico. 

 

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Église Notre-Dame au Sablon

(Rue des Sablons - visita gratuita - mais info)


Não é tão magestosa como a Catedral de Notre-Dame de Paris, mas o certo é que tem ligeiras semelhanças, em ponto pequeno daquela catedral. A Église Notre-Dame au Sablon também é do estilo gótico - construída no século XV - e é, sem dúvida, um ponto de visita obrigatório.

 

Para além dos tectos altos e das arcadas imponentes, trabalhadas com todo o requinte, os vitrais são magníficos e são do mais semelhante à Notre-Dame de Paris possível. Mesmo. A escala é completamente diferente mas, ainda assim, os corredores faziam lembrar Paris. Relativamente à terceira fotografia penso que não será preciso dizer muito mais. Vocês já perceberam quão majestosos podem ser os órgãos de tubos em Bruxelas, correcto? E brilhantes, já disse? Pronto, é isso.

  

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Église de Sainte-Marie-Madeleine

(Rue de la Madeleine - visita gratuita)


A Igreja de Santa Maria Madalena tinha um folheto em português que começa com a frase "ao entrar pela primeira vez nesta igreja sentirá a calma e o recolhimento deste lugar de dimensões harmoniosas". E não é que é verdade? A igreja está localizada numa zona central da cidade, lado a lado com um bairro populoso, com crianças a brincar na rua, com alguns bares nas redondezas e esplanadas repletas de pessoas, galerias de arte... É bom estar num local calmo depois de passar por tanta confusão.

 

Mais uma vez um órgão de tubos absolutamente impressionante - juro que não sei com o que é que o limpam ou que tipo de dieta lhe aplicam mas este órgão de 1958 parece novinho em folha - , a arquitectura é mais simples mas os belos, compostos e coloridos vitrais não faltam, já para não falar no altar dedicado a Santa Rita. 

 

 

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Segundo o panfleto, a igreja é das mais antigas da cidade - a sua construção é do século XIII, sendo que sofreu diversos acrescentos e outras tantas alterações: as naves laterais, a fachada e o campanário são do século XV, o portal exterior do século XVII (época barroca) e registou também alterações de estilo gótico inglês no século XIX. As últimas remodelações são de meados do século XX.

 

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Église de Sainte-Catherine

(Place Sainte Catherine - visita gratuita - mais info)

 

Bem, da visita à Igreja de Santa Catarina tenho algumas das melhores memórias desta viagem. Tivemos o privilégio de assistir à missa da tarde e posso garantir que foi um momento muito emocionante. Não tenho como descrever porque foi algo transcendental, uma energia completamente diferente. Para além de que o monumento em si é belíssimo de tão simples que é. Gostei imenso da águia dourada como púlpito e do órgão de tubos que só não aparece nas fotografias porque ia ser só mais do mesmo. Os belgas respeitam, dão valor e sabem conservar o seu património. Uma salva de palmas (fora da igreja, por favor)!   

 

Para confirmar que este foi um daqueles dias muito mas mesmo muito bons, a esta visita seguiram-se os momentos mais hilariantes não só da viagem como possivelmente do ano. Rir é tão bom e se for com (e dos) amigos então...

 

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A construção da igreja actual data de meados do século XIX (já existia uma igreja em honra de Santa Catarina noutro ponto da cidade), sendo que o edifício substituiu outro do século XV. Os construtores, Joseph Poelaert e Wynand Janssens, conjugaram os estilos romano, gótico e renascentista. 

 

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Église Saint Jacques-sur Coudenberg

(Place Royale - mais info)

 

Já vos disse que fiquei impressionada com as igrejas belgas? Com todas? Não? Pronto, já está! Não as posso colocar todas no blogue porque senão nem amanhã saíamos daqui (e se vos disser o tempo que levei a escrever este post não vão acreditar...). Escolhi a Église Saint Jacques-sur Coudenberg para terminar porque achei que no capítulo das igrejas simples mas com bastante significado para a história da cidade é assim a mais magnífica.

 

A igreja foi construída nas proximidades de uma antiga igreja do convento gótico da abadia de Coudenberg, mais precisamente na Place Royale, uma das mais bonitas da cidade, rodeada de locais culturais. Com uma fachada inspirada num templo romano, a sua construção aconteceu entre 1776 e 1787 e é do estilo neoclássico.

 

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Pode parecer contraditório o sentimento de querer que mais pessoas visitem estas preciosidades arquitectónicas e, ao mesmo tempo, agradecer por poder visitá-las em sossego e, de facto, é. Mas era bom que as pessoas quisessem saber e apreciassem mais a arte sacra em silêncio, com muita calma e tempo. Eu tive essa sorte e ficam as memórias das emoções incríveis que vivi.

 

Agora contem-me: gostaram das fotografias? Já tiveram oportunidade de visitar alguma destas igrejas? Qual a vossa favorita? Fico à espera desse  feedback!  

 

P.S. Esta foi a publicação 1000 do  Few days on land. Obrigada a quem continua desse lado, ainda que as ausências sejam muitas vezes prolongadas.

Salvadorable: a vitória da simplicidade

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Salvador não é de hoje. Salvador é de há muito tempo. Era ele um dos meus favoritos à vitória no Ídolos. Sim, porque eu vejo estes programas quando posso. E, digam o que disserem relativamente aos concursos de talentos (mais entretenimento), a verdade é que há muitos bons artistas a fazer carreira em Portugal que saíram de lá. De resto, não só o Salvador como também a irmã, Luísa Sobral, são exemplos disso. Agora, há que saber sair de um concurso destes e formar a personalidade artística, como tantas vezes o Salvador tem referido. Não é fácil, muita gente pensa que se fizer covers toda a vida vai ser um grande artista. É aí que entra aquilo que para mim faz um músico: saber escrever (em português primeiro) e saber compor. E se não sabem vão aprender, como eles fizeram e como têm feito todos os artistas que saíram desses programas e estão a conseguir viver da música em Portugal. A voz é importante mas se o artista não tiver tudo o resto, não vai resultar. Levar a música com seriedade, apostar no conhecimento e na descoberta do que podem trazer de diferente ao panorama musical. Podem ter sucesso se fizerem música pela fama, para aparecer. Vai resultar no início (bem sabemos como funciona isto das aparências) mas é efémero. E efémero é aquilo que Salvador Sobral não será jamais. O talento, distinto e raro por sinal, não lhe bastou. Ele quis mais, procurou o conhecimento, inspirou-se em artistas que admirava e aprendeu com eles, soube ouvir e, principalmente, sentir. Permitiu-se viver diferentes experiências, soube distinguir o que queria do que não queria. Deixei de ouvir falar dele pouco tempo depois do Ídolos e pensei que ele tinha desistido da música até saber do lançamento do disco Excuse Me em 2016. 

 

Nesta Eurovisão, Salvador Sobral geriu as expectativas, tinhas os pés assentes na terra, não se interessou pelos floreados, resistiu a comentários negativos quando venceu o Festival da Canção em Portugal e conseguiu o que poucos acreditavam ser possível. Eu inclusive. Não porque duvide das capacidades do Salvador, como certas pessoas. Isso nunca. Pelo contrário: eu adoro a voz do Salvador, achei a melodia de "Amar pelos Dois" linda e a letra... Vocês sabem como eu gosto de letras portuguesas bem escritas! O que eu achava é que era uma música boa demais para a Eurovisão porque normalmente os artistas que ganham não têm esta qualidade, este sentimento. Mas sempre acreditei na canção em si. É uma das melhores composições que ouvi nos últimos anos e a única pela qual torci desde o início no Festival da Canção. De verdade, nunca julguei que a Europa iria reconhecer este talento, como merecido, porque a Eurovisão parece formatada a um estilo muito pop comercial que não me agrada (é só ver pelos comentários que fui fazendo no Facebook às músicas da final ontem... Se tinha um TOP 5 em 26 canções era muito). Ás vezes é tão bom estar enganada!      

 

Fiquei surpreendida mas muito feliz porque finalmente ganhou a música com conteúdo, a música elaborada na letra e melodia, a canção trabalhada sempre de forma diferente. E eu, que gosto muito de música, aprecio imenso esta vitória. Não só como a vitória da magia, do reconhecimento e do amor mas, principalmente, da simplicidade. Percebemos que os poucos adereços em palco, a roupa simples e a aposta na voz e no sentimento ganhou. E isso é priceless. Não deixa de ser curioso que o Salvador tenha ganho a Eurovisão no dia 13 de Maio. Um benfiquista. E que Portugal tenha subido para 1.º lugar nas apostas assim que o Papa Francisco aterrou em Portugal. Coincidências? Eu cá não acredito nelas.  

 

O que interessa agora é continuar a seguir a carreira dele, continuar a apoiá-lo e a ouvir as suas músicas. Mas, uma última vez (este mês pelo menos) eis a versão que nos levou à vitória da final e é a minha favorita:

 

Quando o pecado mora no éclair do lado, o turista desespera

Em Abril falei-vos da minha experiência na pastelaria francesa L'Éclair, no Saldanha, uma das poucas vezes em que um éclair me pareceu um bolo diferente dos outros. Normalmente, a massa dos éclairs produzidos pelas pastelarias portuguesas parece plástico, pouco saborosa, um autêntico "pãozinho sem sal" que não convence ninguém a ser fã de tão ilustre iguaria francesa. Na mesma altura, referi que seria significativamente diferente entrar numa loja da especialidade em França e foi verdade. Tal como vos relatei na publicação sobre os macarons da Ladurée, saborear os éclairs da L'éclair de génie é uma experiência que aconselho vivamente pelo sabor e textura que são bastante diferentes do que estamos habituados a provar numa qualquer pastelaria portuguesa mas que, ainda assim, não são muito diferentes do bolo produzido pela L'Éclair do Saldanha.

 

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Ir a Paris e não comer os melhores macarons do mundo é como ir a Roma e não ver o Papa

Em Maio escrevi-vos a falar dos macarons da Arcádia, que adoro e julgava serem os melhores do mundo. Não são mas não estão assim tão longe disso. Mas, e como diz o título desta publicação, ir a Paris e não comer os melhores macarons do Mundo era como ir a Roma e vir de lá sem ver o Papa. Porque é uma expectativa que existe, ninguém nega e se não fossem um pequeno pedacinho de céu, não ficaríamos contentes.

 

O problema é que são e se não existirem travões económicos na vossa vida, será muito complicado parar de comer estes pequenos doces. Sim, travões económicos. É que cada um destes lindos e coloridos bolinhos custa 2 euros, porque é em Paris e porque são da Ladurée. Aquilo em Portugal era coisa para custar 1 euro, como os da Arcádia, e assim podíamos comer mais uns quantos. Dividir, caros leitores, nunca a palavra fez tanto sentido. Façam como eu e como a minha irmã, escolham uns quantos sabores, dividam e assim conseguem estabelecer uma pequena lista de favoritos. Não faltam opções (outro problema) e são todas muito pouco boas (ironia gente!)

 

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Mais de 150 anos de experiência fazem a Ladurée ser a mais procurada e conceituada loja de macarons de Paris, mas por toda a cidade podem encontrar pastelarias com este pequeno bolinho, opções mais económicas mas não tão boas, nem com tão bom aspecto. Na minha opinião devia ser considerado crime não ir à Ladurée mais próxima fazer estragos na dieta do dia-a-dia (para quem estiver). Repito: esta é a opinião de alguém que não se importa muito com isso.

 

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