Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

Bruxelas: as cinco igrejas obrigatórias no roteiro turístico

Este ano decidi visitar Bruxelas com as minhas amigas nas férias, uma  girls trip à capital da política europeia, portanto. E tinha tudo para começar a falar-vos da viagem pela visita ao Parlamento Europeu ou pela beleza e o encanto das praças repletas de pessoas de várias nacionalidades a conviver, pelos belíssimos parques e os incomparáveis museus (havia mais adjectivos para descrever cidade tão bela e interessante, como estes, mas com o tempo lá chegaremos). A verdade é que isso é o mais normal e não me apeteceu ser normal num post tão importante para o blogue (mais informações no final).    

 

De facto, as igrejas não têm o destaque que merecem nos guias turísticos, talvez porque se quer é ver os locais onde toda a gente vai. Ora, ainda bem que os turistas vão para os sítios mais concorridos. Assim posso visitar as igrejas com o devido silêncio e, acreditem, esta apreciação de arte sacra em silêncio pode dar-nos momentos verdadeiramente emocionantes.

 

Cathédrale des Saints Michel et Gudule

(Rue du Bois Sauvage - visita gratuita -  mais info)


Estão a ver aquela suposição que fiz no parágrafo anterior sobre o facto de não serem muitos os turistas a visitar as igrejas? Bom, não se aplica totalmente à Catedral de São Miguel e Santa Gúdula. Na verdade, esta é das poucas que está nos guias e cuja visita é amplamente aconselhada mas o sucesso é no exterior e não no interior. Não sei se as pessoas têm problema em entrar em locais religiosos ou se acham que não vale a pena. Bem, uma selfie com um monumento desta magnitude e imponência é outra coisa, certo? Está bem, mas perderam o seguinte:

 

 

cathedral_st_michael_et_st_gudula (1).jpg

       

 

 

cathedral_st_michael_et_st_gudula (6).jpg

 

A imponência do edifício conjuga-se na perfeição com o detalhe e a precisão dos vitrais. As cores, as histórias refletidas, as personagens biblícas... Que beleza! Depois, a magnitude dos órgãos de tubos, tão bem tratados que parecem novos, as estátuas dos apóstolos e, em particular, a estátua em ouro de São Miguel Arcanjo, santo padroeiro da igreja e da cidade de Bruxelas, são outros aspectos da catedral a conhecer. Definitivamente. As primeiras movimentações para a sua construção são do século VIII - acredita-se que foi nesse século que uma pequena capela foi construída, dois séculos mais tarde foi alterada para uma igreja do estilo românico e no século XIII foi então começada a construção da catedral com a dimensão que apresenta hoje. Estas alterações apenas ficaram concluídas no início do século XVI. A catedral é um exemplar do estilo gótico. 

 

cathedral_st_michael_et_st_gudula (3).jpg

 

cathedral_st_michael_et_st_gudula (2).jpg

 

cathedral_st_michael_et_st_gudula (4).jpg

 

cathedral_st_michael_et_st_gudula (5).jpg

 

cathedral_st_michael_et_st_gudula (7).jpg

 

 

Église Notre-Dame au Sablon

(Rue des Sablons - visita gratuita - mais info)


Não é tão magestosa como a Catedral de Notre-Dame de Paris, mas o certo é que tem ligeiras semelhanças, em ponto pequeno daquela catedral. A Église Notre-Dame au Sablon também é do estilo gótico - construída no século XV - e é, sem dúvida, um ponto de visita obrigatório.

 

Para além dos tectos altos e das arcadas imponentes, trabalhadas com todo o requinte, os vitrais são magníficos e são do mais semelhante à Notre-Dame de Paris possível. Mesmo. A escala é completamente diferente mas, ainda assim, os corredores faziam lembrar Paris. Relativamente à terceira fotografia penso que não será preciso dizer muito mais. Vocês já perceberam quão majestosos podem ser os órgãos de tubos em Bruxelas, correcto? E brilhantes, já disse? Pronto, é isso.

  

cathedrale_notre_dame_au_sablon (6).jpg

      

cathedrale_notre_dame_au_sablon (5).jpg

 

cathedrale_notre_dame_au_sablon (1).jpg

 

cathedrale_notre_dame_au_sablon (2).jpg

 

cathedrale_notre_dame_au_sablon (4).jpg

 

 

Église de Sainte-Marie-Madeleine

(Rue de la Madeleine - visita gratuita)


A Igreja de Santa Maria Madalena tinha um folheto em português que começa com a frase "ao entrar pela primeira vez nesta igreja sentirá a calma e o recolhimento deste lugar de dimensões harmoniosas". E não é que é verdade? A igreja está localizada numa zona central da cidade, lado a lado com um bairro populoso, com crianças a brincar na rua, com alguns bares nas redondezas e esplanadas repletas de pessoas, galerias de arte... É bom estar num local calmo depois de passar por tanta confusão.

 

Mais uma vez um órgão de tubos absolutamente impressionante - juro que não sei com o que é que o limpam ou que tipo de dieta lhe aplicam mas este órgão de 1958 parece novinho em folha - , a arquitectura é mais simples mas os belos, compostos e coloridos vitrais não faltam, já para não falar no altar dedicado a Santa Rita. 

 

 

eglise_st_marie_madeleine_03.jpg

     

st_mary_magdalene_church (5).jpg

 

Segundo o panfleto, a igreja é das mais antigas da cidade - a sua construção é do século XIII, sendo que sofreu diversos acrescentos e outras tantas alterações: as naves laterais, a fachada e o campanário são do século XV, o portal exterior do século XVII (época barroca) e registou também alterações de estilo gótico inglês no século XIX. As últimas remodelações são de meados do século XX.

 

st_mary_magdalene_church (2).jpg

 

st_mary_magdalene_church (1).jpg

 

st_mary_magdalene_church (3).jpg

 

 

Église de Sainte-Catherine

(Place Sainte Catherine - visita gratuita - mais info)

 

Bem, da visita à Igreja de Santa Catarina tenho algumas das melhores memórias desta viagem. Tivemos o privilégio de assistir à missa da tarde e posso garantir que foi um momento muito emocionante. Não tenho como descrever porque foi algo transcendental, uma energia completamente diferente. Para além de que o monumento em si é belíssimo de tão simples que é. Gostei imenso da águia dourada como púlpito e do órgão de tubos que só não aparece nas fotografias porque ia ser só mais do mesmo. Os belgas respeitam, dão valor e sabem conservar o seu património. Uma salva de palmas (fora da igreja, por favor)!   

 

Para confirmar que este foi um daqueles dias muito mas mesmo muito bons, a esta visita seguiram-se os momentos mais hilariantes não só da viagem como possivelmente do ano. Rir é tão bom e se for com (e dos) amigos então...

 

 cathedrale_st_catherine (1).jpg

 

cathedrale_st_catherine (2).jpg

 

A construção da igreja actual data de meados do século XIX (já existia uma igreja em honra de Santa Catarina noutro ponto da cidade), sendo que o edifício substituiu outro do século XV. Os construtores, Joseph Poelaert e Wynand Janssens, conjugaram os estilos romano, gótico e renascentista. 

 

cathedrale_st_catherine (3).jpg

 

  

   

cathedrale_st_catherine (5).jpg

       

 

cathedrale_st_catherine (4).jpg

 

 

Église Saint Jacques-sur Coudenberg

(Place Royale - mais info)

 

Já vos disse que fiquei impressionada com as igrejas belgas? Com todas? Não? Pronto, já está! Não as posso colocar todas no blogue porque senão nem amanhã saíamos daqui (e se vos disser o tempo que levei a escrever este post não vão acreditar...). Escolhi a Église Saint Jacques-sur Coudenberg para terminar porque achei que no capítulo das igrejas simples mas com bastante significado para a história da cidade é assim a mais magnífica.

 

A igreja foi construída nas proximidades de uma antiga igreja do convento gótico da abadia de Coudenberg, mais precisamente na Place Royale, uma das mais bonitas da cidade, rodeada de locais culturais. Com uma fachada inspirada num templo romano, a sua construção aconteceu entre 1776 e 1787 e é do estilo neoclássico.

 

eglise_saint-jacques_sur_coudenberg (1).jpg

 

eglise_saint-jacques_sur_coudenberg (2).jpg

 

eglise_saint-jacques_sur_coudenberg (3).jpg

 

 

eglise_st_jacques-sur_coudenberg_03.jpg

       

eglise_saint-jacques_sur_coudenberg (4).jpg

 

Pode parecer contraditório o sentimento de querer que mais pessoas visitem estas preciosidades arquitectónicas e, ao mesmo tempo, agradecer por poder visitá-las em sossego e, de facto, é. Mas era bom que as pessoas quisessem saber e apreciassem mais a arte sacra em silêncio, com muita calma e tempo. Eu tive essa sorte e ficam as memórias das emoções incríveis que vivi.

 

Agora contem-me: gostaram das fotografias? Já tiveram oportunidade de visitar alguma destas igrejas? Qual a vossa favorita? Fico à espera desse  feedback!  

 

P.S. Esta foi a publicação 1000 do  Few days on land. Obrigada a quem continua desse lado, ainda que as ausências sejam muitas vezes prolongadas.

Ir a Paris e não comer os melhores macarons do mundo é como ir a Roma e não ver o Papa

Em Maio escrevi-vos a falar dos macarons da Arcádia, que adoro e julgava serem os melhores do mundo. Não são mas não estão assim tão longe disso. Mas, e como diz o título desta publicação, ir a Paris e não comer os melhores macarons do Mundo era como ir a Roma e vir de lá sem ver o Papa. Porque é uma expectativa que existe, ninguém nega e se não fossem um pequeno pedacinho de céu, não ficaríamos contentes.

 

O problema é que são e se não existirem travões económicos na vossa vida, será muito complicado parar de comer estes pequenos doces. Sim, travões económicos. É que cada um destes lindos e coloridos bolinhos custa 2 euros, porque é em Paris e porque são da Ladurée. Aquilo em Portugal era coisa para custar 1 euro, como os da Arcádia, e assim podíamos comer mais uns quantos. Dividir, caros leitores, nunca a palavra fez tanto sentido. Façam como eu e como a minha irmã, escolham uns quantos sabores, dividam e assim conseguem estabelecer uma pequena lista de favoritos. Não faltam opções (outro problema) e são todas muito pouco boas (ironia gente!)

 

                  IMG_5290.JPG     IMG_5292.JPG

 

Mais de 150 anos de experiência fazem a Ladurée ser a mais procurada e conceituada loja de macarons de Paris, mas por toda a cidade podem encontrar pastelarias com este pequeno bolinho, opções mais económicas mas não tão boas, nem com tão bom aspecto. Na minha opinião devia ser considerado crime não ir à Ladurée mais próxima fazer estragos na dieta do dia-a-dia (para quem estiver). Repito: esta é a opinião de alguém que não se importa muito com isso.

 

IMG_5299.JPG

 

IMG_5291.JPG

 

O segundo aniversário do Few days on land

fewdaysonland2aniversario.png

 

O Few days on land nasceu no dia 11 de Abril de 2013. Desde aí, está a ser uma ajuda tremenda na minha vida, uma força que me anima quando as coisas estão menos bem e a forma de comemorar quando nada podia correr melhor. Sim, posso considerá-lo um amigo. Não podia estar mais feliz com o que já conheci e aprendi com a escrita neste cantinho.

 

Nem sempre é possível actualizá-lo com o meu dia-a-dia, mas acho que posso considerá-lo um diário. O que escrevo aqui é o retrato fiel de quem sou, por mais que isso custe a algumas pessoas. O trabalho vem primeiro, depois está a minha dissertação de mestrado e o Few days on land fica relegado para 3.ª opção. Não é que eu não goste de estar aqui, a escrever, a ler publicações de outros bloggers, a comentar, a dar atenção a quem visita o Few days on land, porque gosto! Mas o tempo, "essa coisa estranha de que toda a gente fala" (e se queixa), não me dá muita margem de viver mais tempo isto de "ser blogger". Digam o que disserem, ser blogger a sério exige tanto tempo como outro emprego qualquer, portanto...

 

Hoje é dia de agradecer. OBRIGADA a todos os que diariamente dedicam tempo da sua vida a visitar o Few days on land. OBRIGADA às pessoas que já seguem as publicações do blog, que comentam, que activam o botão "favorito"... Que estão presentes, basicamente. OBRIGADA também aos que mesmo não tão presentes, estão aqui. Quando escrevo, é por mim, sobre algo que gosto ou não gosto, mas gosto de perceber que as pessoas vão lendo, vão passando por aqui. Portanto, a todos, sem especificar ninguém OBRIGADA

 

Eu sei que disse que não ia especificar ninguém. Mas permitam-me agradecer especialmente aos Blogs do Sapo. Neste último ano permitiram-me estar presente na publicação sobre "O Melhor de 2014" ao lado de grandes blogs/bloggers desta plataforma, para além de todos os destaques e menções que fizeram ao Few days on land. MUITO OBRIGADA Sapo e Equipa dos Blogs do Sapo. É uma alegria saber que podemos contar convosco!

 

A todos: OBRIGADA!

Aquele maravilhoso ano!

2013 podia ter-se tornado um ano mais simpático. Todos os anos podem ser melhores! Mas, na verdade, não tenho grandes reclamações a fazer daquilo que vivi e aprendi, pelo contrário. Há exactamente um ano atrás esperava pelo concerto dos The XX em Lisboa. Foi um dia especial por tudo o que o ano passado significou para mim, fazendo as contas entre os melhores e os piores momentos. É possível que muitas pessoas não compreendam como é que alguém pode criar uma identificação tão imediata e completa com as letras e as músicas de uma banda. Na verdade, não existe uma forma concreta de explicá-lo a não ser através do verbo coexistir. Eu coexisto com os The XX. De alguma forma, as melhores e as piores coisas da vida foram traduzidas em palavras: palavras certas, verdadeiras, puras. Palavras que acompanhadas das melodias, que são ao mesmo tempo melancólicas e dinâmicas, compassadas, cadenciadas e dispersas, criam o conjunto perfeito para uma paz inexplicável.

Neste dia não menos especial, não menos feliz, não me esqueceria de agradecer o abraço que mudou tudo. As palavras que mesmo sendo poucas, disseram o que eu precisava ouvir. Essa é a minha convicção. Como é que sei disso? Pelo que vivi desde esse dia, o que ganhei ao longo deste ano que, considerando o que perdi, se traduziu numa extrema generosidade de bons momentos. Por isso, obrigada Oliver!  :)
Aqui está a melhor música do concerto, pela versão inspiradora!

 

Deixem festejar o maior de Portugal

O Sport Lisboa e Benfica é Campeão Nacional! A alegria é imensa. Prova disso são os festejos no Marquês e um pouco por todo o país. Mas, neste momento em que mostramos os cachecóis, as bandeiras, os cartazes, o sorriso, as lágrimas de emoção e o que é "Ser Benfica" ao seu mais alto nível de 'benfiquismo', não podia deixar de agradecer. Sim, nós benfiquistas temos de agradecer a força, o empenho, a raça, o "amor à camisola" e a vontade de ganhar que os jogadores, equipa técnica e o Presidente mostraram ao longo da época. Porque isso é tudo o que nós, adeptos, pedimos e exigimos. Porque quem está no Benfica sabe que todos os jogos são para ganhar e todos os segundos são importantes e podem desiquilibrar. Conhecemos essa realidade da pior forma na época passada e da melhor forma esta época. Agora, só pedimos que esta entrega ao SLB seja igual nas competições que ainda faltam jogar, na próxima época e em todas as épocas e competições que o Benfica discutir no futuro. Porque isso é "Ser Benfica"! Uma vez que não tive oportunidade (infelizmente!) de estar no Marquês para agradecer e festejar com os outros benfiquistas, aqui fica o meu agradecimento.

 

Um enorme e sentido obrigada:

Presidente Luís Filipe Vieira | Toda a Estrutura Administrativa e os órgãos que auxiliam o Presidente na sua gestão | Treinador Jorge Jesus (sempre acreditei que foi, é e será a melhor escolha para trazer vitórias ao SLB. Por favor, fique no SLB!!) | Equipa Técnica | Departamento Médico | Eusébio e Mário Coluna, por terem deixado como herança as lembranças dos tempos áureos do nosso clube que são hoje uma inspiração para aquilo que queremos que seja o Benfica hoje e sempre | Artur Moraes | Oblak | Paulo Lopes | Luisão | Garay | Siqueira | Maxi Pereira | Sílvio | Jardel | Steven Vitória | Bruno Cortez | Rúben Amorim | Gaitán | Matic | Fejsa | André Gomes | André Almeida | Djuricic | Oscar Cardozo | Salvio | Lima | Markovic | Rodrigo | Ivan Cavaleiro | Funes Mori | Sulejmani | Todos os jogadores que já foram tranferidos de clube mas continuam a seguir e a celebrar as vitórias do SLB | Todas as pessoas que tratam e tornam bonito o melhor estádio do Mundo: o Estádio da Luz | Sócios| Benfiquistas.

 

Somos os melhores. Os melhores do Mundo. Obrigada pelos bons e maus momentos que só nos fortalecem como a unidade que é o Sport Lisboa e Benfica. Como já disse anteriormente, seja de 3 em 3, de 5 em 5 ou de 10 em 10 anos, estarei SEMPRE aqui para acompanhar e apoiar o meu clube. Sou Benfica com imenso orgulho! Vamos Benfica!!!!

 

A festa da equipa

 (Fotografias de Isabel Cutileiro, retiradas do Facebook do Sport Lisboa e Benfica)

 

O Marquês estava tão lindo!

 (Fotografias de Francisco Rocha, retiradas do Facebook do Sport Lisboa e Benfica)

 

 

Como não podia deixar de ser, o Ricardo Araújo Pereira comentou a vitória do Benfica e a entrevista está hilariante!