Janeiro foi um mês de muitas novidades musicais. Foram tantas que parece que já vamos em março. Criei uma playlist no Spotify com as novas músicas que fizeram parte do primeiro mês do ano. Chama-se "JAN 2019", claro, porque a originalidade também não vai mais longe...
Inicialmente a playlist tinha o problema de falta de música portuguesa mas com a ajuda da página Produto Interno Brutal (sigam no Facebook e no website) e de artistas que responderam ao pedido no Facebook do Few days on land, conseguimos completá-la com a incrível música nova nacional (pelo menos com a que está no Spotify porque de outra formanão foi possível).
Agora, já atualizada, continuará disponível no Spotify para quem quiser passar por lá e ouvir todas as novidades. Deixo-a aqui também:
Se conhecerem mais bandas portuguesas que lançaram canções/discos em janeiro de 2019 e continuam a faltar avisem porque boa música nunca é demais e ainda se acrescenta!
A playlist 100 Músicas de 2018 é bastante semelhante à de 2017. Então o que muda? As músicas, claro. O que acontece é que ao longo do ano fui juntando todas as minhas músicas favoritas numa playlist pessoal (isto para quem não tem Spotify premium é um mimo) e nos últimos dias tenho estado a criar uma lista específica para partilhar com vocês. Basicamente são as mesmas canções que tenho na outra playlist, com alguns acrescentos e algumas eliminações, visto que tinha várias músicas de cada banda/músico(a), e estive a dar um jeito em termos sonoros, isto é, a tentar que quem ouvir a playlist 100 Músicas de 2018 passe por vários estilos musicais, sem nunca se aborrecer. Bom, é capaz de ser bastante difícil, mas tentei!
Mais uma vez, a música internacional mistura-se com a música nacional. As músicas desta playlist pertencem aos artistas que considero terem os melhores trabalhos de 2018, optei por não obrigar-me a fazer uma lista que tivesse 50/50 de representação tanto portuguesa como internacional. Não há uma sequência em termos de melhores músicas, há sim um conjunto de 100 músicas que são para mim as melhores do ano.
Aplaylist 100 Músicas de 2018 tem cerca de 7 horas. A lista conta com nomes como Jungle, Florence and The Machine, Miguel, Rosalía (uma das maiores surpresas do ano), Young Fathers, Isaac Gracie, The Wombats, Jorja Smith, James Blake, Childish Gambino, Cigarettes After Sex, Kamasi Washington, Boy Pablo, Death Cab for Cutie, Novo Amor, Beirut, Arctic Monkeys, Husky ou Matt Corby, para citar alguns. A nível nacional, podem encontrar Tiago Nacarato e Salvador Sobral, Janeiro, Diabo na Cruz, Basset Hounds, Best Youth, David Fonseca, Os Quatro e Meia, entre outros.
Aqui está a playlist 100 Músicas de 2018:
É uma mistura de géneros, de música bem boa que ouvi em 2018. E vocês o que andam a ouvir?
Este ano foi bastante complicado escolher a melhor cover de 2016 e, por isso mesmo, não temos uma mas sim duas versões no 1.º lugar deste top, ex-aequo. De um lado está uma jovem artista ainda no começo de carreira, Gordi, que soube trabalhar com mestria a canção 'Avant Gardener', da não menos jovem Courtney Barnett. Admito que esta não é uma das minhas canções favoritas de Courtney mas na voz de Gordi fica magistral. Descobri esta artista por acaso no Spotify (where else?!) e fiquei fã. O verdadeiro nome dela é Sophie Payten, tem 23 anos e é de Sydney. Esta é também uma das boas descobertas de 2016. Por outro lado temos uma artista já muito reconhecida e acarinhada pelo Mundo fora. As suas excelentes capacidades vocais são inegáveis (e, por vezes, até um pouco anormais para um ser humano) e estão comprovadas no Youtube pelos vídeos das suas actuações ao vivo. Falo-vos da mestria de Florence Welch que este ano deu voz a um clássico que eu adoro: 'Stand By Me', uma canção original de Ben E. King, lançada nos anos 60 do século XX. A versão de 'Stand By Me' dos Florence + The Machine foi gravada para o jogo de acção Final Fantasy XV e faz parte de um conjunto de versões pensadas pela banda para esse jogo. De todas esta é sem dúvida a melhor (e olhem que uma delas, a 'I Will Be', tem samples dos The xx, daí que podem perceber como gostei deste 'Stand By Me').
Alguém tem outra sugestão para a melhor cover de 2016?
Como sabem representei o Few days on land na escolha do melhor álbum de 2015 para integrar a categoria de música do "Melhor de 2015", desenvolvido pelo Sapo. Nesse sentido, e para "facilitar" a minha escolha, tive de listar os álbuns que se apresentavam como possíveis vencedores da categoria.
A lista não tem nenhuma ordem específica. É apenas uma lista, onde constam diversos nomes, de vários estilos musicais e com diferentes influências mas que, em jeito de balanço, são marcos incontronáveis do ano de 2015. Seria difícil para mim fazer um top 10 através desta lista, tenho vários favoritos e que gostava de adquirir para guardar. Ainda assim, é importante destacar o álbum vencedor - Currents, dos Tame Impala - porque considero-o o mais surpreendente do ano no estilo. Ainda terei oportunidade de justificar melhor a minha escolha.
Esta é, então, a minha lista de discos que, pelas suas características e pelo que trouxeram de positivo à música este ano, merecem destaque. Ainda que só um tenha ganho no final, há grandes discos para ouvir e apreciar e alguns deles serão destacados aqui no blog, até ao final do ano.
'Surrender'
Hurts
'No No No'
Beirut
'Caracal'
Disclosure
'In Colour'
Jamie xx
'Currents'
Tame Impala
'Glitterbug'
The Wombats
'Sound & Color'
Alabama Shakes
'How Big, How Blue, How Beautiful'
Florence and The Machine
'Multi-Love'
Unknow Mortal Orchestra
'Policy'
Will Butler
'In Dream'
Editors
'Oh Wonder'
Oh Wonder
'What Went Down'
Foals
'Depression Cherry'
Beach House
'New Glow'
Matt and Kim
'Kindred'
Passion Pit
'Music Complete'
New Order
'A Head Full Of Dreams'
Coldplay
'I Love You, Honeybear'
Father John Misty
'Marks To Prove It'
The Maccabees
'Love + War'
Kwabs
'Beauty Beyond The Madness'
The Weeknd
Outros artistas com novidades em 2015 que merecem ser ouvidas:
The Neighbourhood - Wiped Out! Lianne La Havas - Blood MS MR - How Does it Feel Toro y Moi - What For? Emile Haynie - We Fall Björk - Vulnicura Strings Best Coast - California Nights Years & Years - Communion Death Cab for Cutie - Kintsugi Imagine Dragons - Smoke+Mirrors
E vocês, já têm uma opinião formada sobre o melhor álbum de 2015? Quero saber tudo! Por isso, convido-vos a deixarem a vossa opinião nos comentários.
A BBC divulgou ontem a lista simplificada, digamos, dos nomeados para o Mercury Prize 2015. A lista é composta por 12 artistas cujos discos têm fortes possibilidades de se tornarem no "Melhor Álbum do Ano". Mas... Será que todos os discos têm a mesma probabilidade de serem escolhidos? Pelos vistos não. As revistas de especialidade (e alguns apostadores) apontam já os grandes favoritos à vitória, mas o Few days on land ainda tem uma palavra a dizer quanto a isto (com a devida (e enorme) distância que existe entre o valor da minha opinião quando comparada à dos reconhecidos críticos musicais desses revistas).
A LISTA
Aphex Twin - Syro Wolf Alice - My Love Is Cool Róisín Murphy - Hairless Toys C Duncan - Architect Eska - Eska Florence + the Machine - How Big, How Blue, How Beautiful Ghostpoet - Shedding Skin Benjamin Clementine - At Least For Now Jamie xx - In Colour SOAK - Before We Forgot How To Dream Gaz Coombes - Matador Slaves - Are You Satisfied?
ANALISEMOS A SITUAÇÃO DOS NOMEADOS
Quem parece destacado para vencer? Florence + the Machine. How Big, How Blue, How Beautiful é um álbum sólido: tem letras incríveis que descrevem situações da vida real, tem melodias ousadas e ritmos divididos entre o calmo e o impaciente. É uma típica descrição da banda, mas são estas características que fazem dos Florence + the Machine uma das melhores bandas ao vivo. Eles oferecem sempre concertos enérgicos e memoráveis. Para além disso, este disco retrata um período conturbado da vida de Florence: lidar com a separação, problemas nervosos e outros já assumidos pela própria.
Quem tem menor probabilidade de vencer? Róisín Murphy, Aphex Twin, SOAK, Gaz Coombes, Slaves, C Duncan e Eska (a surpresa da lista). Ouvi várias coisas produzidas por estes artistas e não ouvi nada que fosse impressionante, diferente do que foi criado no panorama musical internacional ao longo deste ano em grande escala. Gostei de alguns apontamentos, mas não chega para serem o álbum do ano. São escolhas muito, muito improváveis.
Quem pode surpreender? Ghostpoet, Wolf Alice, Benjamin Clementine ou Róinsín Murphy (e aí seria mesmo uma grande, grande surpresa).
Quem seria o justo vencedor? Jamie xx. Sinceramente, do que ouvi, mantenho-me um pouco dividida entre o In Colour e o How Big, How Blue, How Beautiful, da Florence. Os The xx ganharam o Mercury Prize em 2010, portanto não seria impensável que o prémio fosse atribuído ao Jamie. O que acontece é que, embora este seja um disco a solo, para "o comum dos mortais" In Colour não se distancia em grande medida do material anteriormente lançado pelos The xx. As razões culminam, na maioria das vezes, nas participações de Romy e Oliver (restantes membros dos The xx) um pouco por todo o álbum (não só vozes, como na guitarra e no baixo e em algumas aparições live). Assim é difícil que as pessoas percebam que há uma linha que separa o Jamie xx (Jamie Smith, como quiserem) dos The xx. Essa linha existe, de facto. Imagino que o Jamie queira tanto continuar a escrever música com os The xx como lançar temas a solo. Ser independente porque o que faz é diferente, digo eu. Na minha opinião, em In Colour Jamie conseguiu fazer mais. Inovou. Ainda não ouvi The xx quando ouvi este disco. Mas muitos fãs não gostaram. É pena que algumas pessoas não queiram ouvir essa diferença. O disco está muito, muito bom e acaba por sofrer um pouco com essa ideia de colagem à "banda mãe" do artista. Este é, sem dúvida, um dos grandes álbuns de 2015!
Imaginando um cenário em que o Jamie e a Florence não eram os favoritos à vitória, a quem deveria ser entregue o prémio? Ao Benjamin Clementine. Acho que este artista ainda é pouco reconhecido face ao talento e mérito que tem em fazer diferente. Se ele ganhar não vai ser a maior injustiça de sempre, muito pelo contrário. Quem quiser comprovar o talento deste senhor deve ir ao Vodafone Mexefest. Prevejo que será um concerto imperdível!
O vencedor do Mercury Prize será anunciado no dia 20 de Novembro. E aí falamos... Estejam atentos!
Com os festivais à porta, decidi dedicar uma publicação da rubrica "Uma música, três versões" à canção que une dois artistas já confirmados para os festivais de Verão de 2015 em Portugal: Florence Welch e Calvin Harris. É certo que a Florence vai trazer os The Machine mas o Calvin vem sozinho. E porque ele nem sempre foi mau em inovar musicalmente, chega ao Few days on land uma das poucas músicas que foge à identidade musical de Calvin Harris, embora nem assim uma pessoa se livre da combinação. Que combinação? Bom... Já aqui referi várias vezes que a sorte deste DJ foi encontrar um conjunto de notas que, quando combinadas, são um enorme sucesso comercial. Repito: comercial. Tenho a certeza que isso é muito bom para a sua conta bancária, mas duvido muito que isso tenha trazido algo de extremamente positivo e diferente ao mundo da música. Talvez lhe valha, reduzindo-me ao nosso país, a presença em todas as edições do Meo Sudoeste, bem ao estilo de David Guetta. Quanto à qualidade, é discutível, obviamente. Mas soube juntar-se à Florence. E isso é certamente um passo na direcção do sucesso, um outro tipo de sucesso, junto de um outro público. Sucesso esse que não se reflecte nas visualizações do Youtube, que é, obviamente, o que mais interessa a um artista desta natureza.