Janeiro foi um mês de muitas novidades musicais. Foram tantas que parece que já vamos em março. Criei uma playlist no Spotify com as novas músicas que fizeram parte do primeiro mês do ano. Chama-se "JAN 2019", claro, porque a originalidade também não vai mais longe...
Inicialmente a playlist tinha o problema de falta de música portuguesa mas com a ajuda da página Produto Interno Brutal (sigam no Facebook e no website) e de artistas que responderam ao pedido no Facebook do Few days on land, conseguimos completá-la com a incrível música nova nacional (pelo menos com a que está no Spotify porque de outra formanão foi possível).
Agora, já atualizada, continuará disponível no Spotify para quem quiser passar por lá e ouvir todas as novidades. Deixo-a aqui também:
Se conhecerem mais bandas portuguesas que lançaram canções/discos em janeiro de 2019 e continuam a faltar avisem porque boa música nunca é demais e ainda se acrescenta!
2016 foi um ano bastante positivo no capítulo da música internacional mas também teve os seus momentos menos bons. Os Chairlift são uma das minhas bandas favoritas e eu fiquei muito feliz por eles editarem o álbum Moth este ano. Ainda assim, 2016 não terminou sem que a banda anunciasse que tudo chegará ao fim na Primavera de 2017, com os últimos concertos, para que os elementos possam seguir projetos a solo. Tive o privilégio de vê-los no Primavera Sound e achei-os fascinantes. Tenho pena de não ter mais oportunidades de testemunhar tanto talento enquanto banda mas vou continuar a acompanhar a carreira da Caroline e do Patrick. Por outro lado, assisti a outra das minhas bandas de eleição lançar um disco muito fraco, considerando as expectativas que tinha pelos álbuns anteriores e pelo concerto que vi aqui há uns anos no Primavera. Falo dos M83 e do seu Junk. Passando à frente... 2016 foi bom pelos regressos de Daughter, com um disco muito completo, repleto de emoções e letras eficazes; de Kings of Leon com Walls, um disco que consigo ouvir de fio a pavio, várias vezes seguidas, sem ficar cansada, algo que já não acontecia desde Only By The Night, de 2008; dos energéticos e intensos Metronomy; e do querido James Blake que colocou tanto de si e da história da sua vida em The Colour In Anything. Os The Last Shadow Puppets também não tinham nada melhor para fazer e decidiram que Everything You've Come to Expect seria o disco dos nossos sonhos. Mas este disco foi muito mais do que se poderia esperar: consistente, criativo, original e teatral. Falando nisso, já estão a par de que Alex Turner devia pensar seriamente numa carreira no cinema? Não? Eu expliquei tudo neste post, no qual apresentei provas da veracidade desta afirmação. Os City of the Sun vão ser repetentes no que de melhor se faz na música internacional até que o mundo compreenda e aceite o talento das suas composições. Fiquei rendida ao disco To The Sun And All The Cities in Between e acredito que tal como o álbum de Rui Massena (ver O melhor de 2016: música portuguesa) dava uma excelente banda sonora. É um disco natural, intuitivo, emocionante. Ouçam-no e a vossa vida não voltará a ser o que era! 2016 foi também o ano em que a voz terna e distinta de Tor Miller conquistou o meu coração. American English é um dos melhores álbuns do ano passado, sem dúvida! Alex Cameron e Lost Under Heaven foram outras grandes descobertas de 2016.
Obrigada 2016 pelas novidades de Father John Misty, Bloc Party, Miike Snow, Roosevelt, The Strokes, The 1975, Gordi, Broods, Banks, The Temper Trap, Solange, Tom Odell, Nicolas Jaar, Wild Beasts e tantos outros que estão na playlist - se mencionasse e falasse de todos não saíamos daqui tão depressa. Obrigada pela revelação do super grupo LIV.
Permitam-me, no entanto, que dedique umas palavras a Blond, de Frank Ocean, que acredito ser o melhor álbum internacional de 2016. Foi muito complicado decidir qual a música que devia constar na playlist visto que enquanto ia ouvindo o disco ia ficando mais e mais apaixonada pelas músicas: as letras, as melodias, a conjugação de instrumentos e a voz doce de Frank Ocean. Ser sexy faz parte da personalidade dele por isso essa parte já não surpreende (escreve-vos uma fã da música "Lost"!). Um concerto ao vivo deste senhor deve ser um marco na vida de uma pessoa e não o digo apenas porque os concertos dele são raros em termos númericos. Acredito que a raridade está no artista em si. "Self Control", "Ivy", "Futura Free", "Pink + White", "Solo" e "Close to You" são algumas das melhores.
Deixo uma palavra de apreço pela magnífica carreira de Prince, um artista único que compôs alguns dos meus temas favoritos, como "Purple Rain" ou "Kiss", por exemplo. Um talento que nunca será esquecido.
PLAYLIST "O melhor da música internacional de 2016":
Se gostaram das minhas escolhas consultem a playlist no Spotify e guardem-na para mais tarde recordar. Sintam-se à vontade para dar a vossa opinião e partilhar nos comentários quais são os melhores artistas/álbuns/canções de 2016.