Hoje é o último dia em que podem visitar a exposição "José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno", no Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Já aqui mostrei fotografias e expliquei porque é que todos os que tiverem oportunidade de passar por lá não devem perder mas achei importante relembrar no último dia. Na minha opinião, é uma exposição que tão cedo não volta a repetir-se (é só ver pelo tempo que demorou ter uma exposição tão completa e com tanta qualidade quanto esta). Podem encontrar os trabalhos de Almada dispersos, mas tantas obras de arte, num só local, não voltamos a ver tão cedo. Leiam o que vos escrevo.
Ouvimos dizer que é em altura de crise que surgem as melhores ideias. Concordo totalmente. Fico cada vez mais surpreendida com o que as pessoas conseguem criar, principalmente através da tradição e dos costumes associados à região onde vivem para melhorar os seus negócios, aumentando os seus rendimentos. Se alguém ainda tinha dúvidas que Portugal vai conseguir livrar-se da crise graças ao trabalho e às invenções que tanto caracterizam os portugueses, essas dúvidas dissiparam-se. A capacidade de criação e o facto de as pessoas fazerem mais com o pouco que têm já fazem toda a diferença. Aqui apresento três bons exemplos, uma cadeira, um candeeiro e um vestido, peças muito bonitas, modernas, diferentes e que não passaram despercebidas em Ponte de Lima durante as Feiras Novas:
Existem aqueles pormenores que quando mudam fazem toda a diferença e depois existem aqueles pormenores que não queremos que mudem. É o caso dos doces tradicionais das festas e romarias portuguesas que o povo tanto gosta. Podem inventar doces diferentes, só não acabem com os que já existem, porque estão sempre à altura do evento. Nestas Feiras Novas não deu para fugir aos Doces de Gema ou às famosas Roscas, não só por causa do bom aspecto dos mesmos mas principalmente pelo sabor, tão típico desta época.