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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

Reflexão sobre o concerto de ontem

O ensinamento que retiro da noite de ontem é: nunca penses que já viste o melhor concerto de sempre daquela banda da qual gostas tanto porque eles voltam e sabem encantar mais e mais em cada palavra, em cada melodia, em cada sorriso. Estou oficialmente destroçada por ter perdido o concerto dos The xx ontem. Não foi por pensar que já tinha visto o melhor concerto deles, foram outras questões que não interessam agora, mas puder ver a transmissão do concerto na RTP Play - podem crer que vou acender uma vela por esta ação magnífica e inesquecível da RTP! - e posso garantir que foi de longe a apresentação mais completa e madura da banda em Portugal, já para não falar da setlist IN-CRÍ-VEL! Como eu disse no post de ontem (e eles também disseram durante o concerto): os The xx adoram Portugal e, particularmente Lisboa. Daí ser tão difícil de perceber como é que a banda ainda não teve um concerto em nome próprio por cá desde 2010. Bom, mas voltando a ontem... Eles tocaram versões das músicas que eu já queria ouvir há muito, muito tempo como da "Shelter", por exemplo. Numa palavra: Brutal! Mais uma vez cantei até mais não, dancei e chorei não só porque só pensava "porque é que não estás lá??" mas também porque a ligação que tenho com esta banda é indescritível. Juro. Sinto como minhas tantas palavras e emoções deles. Não sei explicar.

 

Estou triste. E vai demorar a recuperar. 

 

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A fotografia é da autoria de Rita Carmo (as melhores fotos, sempre!) e foi retirada do website da Blitz

Triste, bem triste

Hoje é dia 6 e começa o NOS Alive. Hoje é o dia em que, pela primeira vez desde 2010, vou falhar um concerto dos The xx em Portugal - perdi um concerto do Jamie xx em novembro de 2013 mas aos da banda completa não faltei. Hoje é, portanto, um dia triste. Bem triste.

 

Quando vi o primeiro concerto, em julho de 2010, no ainda Optimus Alive, tive a certeza que não poderia faltar a mais nenhum. Bem, neste caso falo de festivais já que ainda não tive oportunidade de ver um concerto só deles, num contexto mais intimista como a música dos The xx pede (desde já, fica aqui o apelo: quando uma banda desta qualidade, com três álbuns de originais, não tem um concerto em nome próprio desde 2010 num país do qual gosta e que acarinha tanto, alguma coisa vai mal). Nessa altura não quis dar ar de fã n.º 1, até porque estava a dividir atenções fanáticas com os La Roux, e fiquei na terceira fila. Desde então tenho conseguido sempre ficar na primeira fila, qual fã que vai 4/5 horas antes para os concertos e corre assim que as portas do recinto abrem. Se é para ir que seja em bom. Vejam as regalias: não há ninguém à frente com penteados malucos que impeça a visualização do concerto e como não se vê mais nada a não ser o palco, pensa-se que não está lá mais ninguém e é cantar e dançar como se não houvesse amanhã. Foi assim no Primavera Sound de 2012, no Night + Day que os The xx organizaram em Belém, em 2013 (há mais informações sobre este concerto aqui), e no concerto do Jamie xx no Alive, em 2014.

 

Hoje não posso estar lá para ver a estreia no maior palco do Alive. Deixo o meu lugar na 1.ª fila a alguém que seja tão ou mais fã do que eu (ou pelo menos assim espero). Será bonito, não duvido por um segundo. Será surpreendente e emocionante, bem sei. Será um dos concertos mais puros que podem ver ao vivo. A quem estará presente: posso assegurar-vos que não vão ficar desiludidos.    

 

E, por causa disto, hoje por estes lados só se ouve The xx. São os três discos em loop. E mais logo estarei atenta à RTP Play porque estou na expectativa de conseguir ver o concerto em direto o que não é, de todo, comparável a estar a ver, ouvir, saltar, dançar e gritar ao vivo e a cores, como uma excelente e dedicada fã número 1 faria.  

 

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Fotografia retirada do instagram dos The xx

A voz, a dança, o estilo dos Chromeo

Ora aqui estão dois senhores que tenho imensa pena de não ter visto no NOS Alive'15. Não vi nenhum senhor ou senhora por lá este ano, também é verdade. Mas se lamento não ter conseguido estar presente este duo tem muito a ver com isso. São os Chromeo e formaram-se no Canadá. Têm viajado pelo mundo a apresentar os seus trabalhos de estúdio, entre os quais estão os mais conhecidos Business Casual (2010) ou White Women (2014) e já tinham estado em Portugal, no Super Bock Super Rock de 2011. Estive lá, na fila da frente e dancei muito. Mas também reparei na voz diferente de David Macklovitch, o vocalista, nas danças do seu colega P-Thugg e, claro, no estilo de ambos. Se bem que convenhamos: o estilo do vocalista e aquele sorriso são bem especiais. São um duo muito enérgico e sabem como aparecer em palco. Continuo a achar que assistir a um concerto deles pelo menos uma vez na vida devia ser obrigatório.    

 

 

#TBT Sasquatch last month, still one of our fave fests ever. (📷 @claytonwoodley)

Uma foto publicada por chromeo (@chromeo) a

 

Alguém esteve no concerto e pode dizer-me que tal correu? Ou há muitos invejosos por aí que, como eu, não tiveram oportunidade de assistir ao concerto da banda?

A voz, a dança, o estilo de Stromae

Conheço muito pouco de Stromae. Ouvi as músicas de maior sucesso, aquelas que a cada meia hora passavam nas rádios portuguesas. Primeiro foi 'Alors on Dance' e depois 'Papaoutai'. Esta última ainda hoje se ouve bastante. Não tinha muita curiosidade para conhecer o artista e a obra até ver os vídeos das actuações live deste boneco. Literalmente, um boneco. Nesta 'Papaoutai' simula, ao estilo do vídeo oficial da música, que é um boneco, tipo Ken. A interpretação é muito engraçada e resiste até ao últimos acordes da música. Stromae mantém a personagem ao mesmo tempo que dá um grande espectáculo, diferente do que estamos habituados a ver em contexto de festival (e até mesmo em apresentações na televisão, por exemplo). 

 

Stromae estará em Portugal no dia 11 de Julho para um concerto no palco principal do NOS Alive 2015. Eu arriscaria-me a dizer que este será um dos melhores concertos do festival. Não só pela música, que é enérgica, mas também pelo cantor, que tem uma personalidade forte, capaz de cativar e entusiasmar os espectadores.

 

Este é mais um daqueles vídeos de visualização obrigatória a quem quer marcar presença no NOS Alive. Acreditem que vão arrepender-se se forem ao Alive e deixarem passar a oportunidade de assistir ao concerto de Stromae. Nem que seja por uns momentos, para lhe "tirar a pinta". Divertido será de certeza!