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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

Playlist | As melhores músicas portuguesas de 2015

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Esta playlist é o resultado da procura pelo melhor da música portuguesa em 2015 e reúne diversos artistas, de diferentes estilos. As canções que se destacaram - e nem todas integram o top 10 enumerado naquele post - estão agora disponíveis numa playlist comemorativa no perfil do Few days on land no Spotify, num total de 24 músicas e mais de uma hora e meia de sons com diferentes ritmos. A variedade é imensa e, portanto, todos vocês podem encontrar lá alguma música que gostem. Espero que tenham oportunidade de ouvir e que apreciem a minha selecção!

 

O melhor de 2015: música portuguesa

A música portuguesa não pára de surpreender. Quer seja em 2013, 2014 ou mesmo em 2015, temos muitos artistas dos quais nos podemos orgulhar e nem todos cabem num top 10 já bastante "apertadinho". Não podemos dizer que não há talento em Portugal, que não se compõe e escreve muito bem no nosso país. "O melhor de 2015: música portuguesa" cumpre já uma tradição no Few days on land e chega para provar que estamos bem servidos com os nossos artistas. Este Top 10 apresenta os músicos cujo trabalho importa destacar este ano.

 

 

Top 10 __ O Melhor da Música Portuguesa em 2015

 

 

1. "Nova", Manuel Fúria & Os Náufragos

Para já é só uma música. Mas é só um nova música do melhor cantautor português da actualidade. Simplesmente perfeita. Adoro a letra, os sons à Eighties e o refrão poderosíssimo, algo que já é normal nos projectos de Manuel Fúria. Para mim, "Nova" é o marco mais significativo da música portuguesa em 2015. E tudo o que vier a seguir para Manuel Fúria & Os Náufragos promete!

 

 

2. "Pela Boca", Paus

Falando de marcos significativos... Os Paus voltaram. A banda voltou à música e ao top do melhor do ano no Few days on land. O ano passado figuravam no 4.º lugar com "Bandeira Branca" mas em 2015 surpreenderam-me ainda mais, daí o 2.º lugar. "Pela Boca" tem uma letra fantástica, que me lembra as letras dos Linda Martini (aquelas que nunca desiludem). O ritmo é incrível, num registo um bocado dark e agressivo. Soa a canção de revolução. Gosto disso.  

 

 

3. A Viagem dos Capitães da Areia a bordo do Apolo 70, Os Capitães da Areia

Se tivesse de eleger uma "época musical" para viver, escolheria ter vivido nos anos 80. Nasci bem no final mas não é a mesma coisa do que viver a sério aquela altura. Quem me conhece sabe que os sons dos eighties são os meus favoritos e muitas das minhas canções de eleição são também dessa altura. Os Heróis do Mar são a minha grande referência da música portuguesa e pensei que nunca nenhuma outra banda poderia ter um registo semelhante ao deles. A Viagem dos Capitães da Areia a bordo do Apolo 70 veio preencher esse vazio. Na música portuguesa e nos meus gostos musicais e é um dos meus discos favoritos do ano. É de ouvir de uma ponta à outra mas a música "Arco das Portas do Mar" é um diamante dos maiores e mais valiosos que apareceu em Portugal nos últimos anos. Adoro, adoro, adoro!

 

 

4. D'Estalo, Sr. Inominável

O projecto Sr. Inominável é originário da minha terra e faço questão de o dizer alto e bom som (escrever também mas isto em caps lock era capaz de correr mal). O facto é que eles ocuparem o 4.º lugar deste top nada tem a ver com isso. Ainda há algumas bandas em Viana do Castelo, como devem imaginar. Já falei muitas vezes da importância que dou às letras das músicas, porque gosto que façam sentido sem ser preciso rimar em cada verso e estrofe. E, senhoras e senhores, estas letras são excelentes! A música também, é claro, com um som descontraído. Gosto muito dos coros também, dá uma base melódica essencial ao disco. A entrada do baixo em "Corre por aí" é só incrível e o instrumental de "Punhal" está muito próximo de ser a obra-prima deste D'Estalo. A bateria podia estar diferente ao longo de todo o álbum, talvez mais marcada ainda. Mas, no seu todo, acho que é um disco com muito bom gosto. Nota-se que a produção/gravação tem qualidade. Não é que isso me surpreenda, mas acho que não devia deixar de mencioná-lo.

 

 

 

5. "Heat", Glockenwise

Rock, rock, rock... Há tanto rock neste "Heat"! Uma canção que não gosto nada de ouvir na rádio porque preciso sempre de ouvi-la várias vezes seguidas. Não é em português mas é de portugueses e do Norte! Nem sempre gostei das músicas que ouvi de Glockenwise - algumas têm rock demais para a minha pessoa - mas há que saber reconhecer o enorme talento destes rapazes e também que eles são uma das bandas portuguesas com maior capacidade para levar o seu trabalho a grandes palcos internacionais e construir uma carreira sólida lá fora. Já o vão fazendo, é certo. Mas acho que podem chegar ainda mais longe! E o voz do vocalista? Um timbre diferente mas sensacional. Gosto muito.

 

 

 

6. "Mas só se quiseres", D'Alva

Que pena é ter que escrever sobre D'Alva no 6.º lugar. No ano passado lideravam o meu top com "Primavera", mas este "Mas Só Se Quiseres" deixa um bocado a desejar. Esta é uma daquelas bandas que facilmente liderava qualquer top de música portuguesa aqui no blog. Gosto mesmo deles e surpreenderam-me imenso no concerto do Alive a que assisti. Daí ter pena de não conseguir colocá-los na liderança do melhor de 2015. Sinceramente, estava à espera de qualquer coisa próxima a "Frescobol", a música com o melhor instrumental que ouvi nos últimos anos. Também gostei mais das letras do disco quando comparadas com esta nova música. Mas não deixa de ser um registo dos D'Alva, que parecio. Uma banda com um espírito cool que fazia falta à música em Portugal.

   

 

7. Espelho, Diogo Piçarra

Já perceberam que assisto a alguns dos programas de talentos musicais portugueses. E fiquei fã do percurso do Diogo Piçarra no Ídolos, sempre com grandes expectativas sobre o que ele poderia fazer depois do programa. Ainda assim, foi um dos artistas portugueses que mais me surpreendeu com este disco. Se ouvirmos com atenção, percebemos que é um disco muito ao estilo do que é feito internacionalmente, mas escrito em português. Tem apontamentos de diversos estilos, aposta muito nas melodias e na simplicidade do ritmo. Tem um som definido e que já conseguimos atribuir-lhe como sendo o estilo dele e ponto final. Espero que no futuro possa manter-se no mesmo registo, concentrando-se nas letras, porque está no bom caminho. 

 

 

8. "E Tudo Gira", Filipe Pinto

Eu bem disse que vejo alguns programas de talentos musicais. E ver um programa como o Ídolos e não ficar fã de um talento como o Filipe Pinto, parece-me ser uma tremenda perda de tempo. Continuo a achar que ele é demasiado tradicional para o panorama musical português MAS isso é o que mais gosto nele. Os instrumentais das suas músicas são excelentes e as letras... Fico sem palavras porque ele usa-as todas. Nunca desilude! Tenho pena que seja preciso esperar sempre tanto tempo por novidades do Filipe. Parece-me que é um daqueles talentos portugueses - a par do Filipe Gonçalves - que foi pouco "aproveitado" no final de um concurso televisivo.

 

 

9. Serendipity, Isaura

Mais um excelente registo, embora em inglês. Mas, a par do Diogo Piçarra, Isaura apresenta um trabalho muito inspirado no que é feito a nível internacional. Aliás, eles têm colaborado e não me admira porque o som é parecido. Apostam nas melodias, ritmo marcado mas sereno. Uma excelente voz, doce e com grande alcance. E do que tenho visto, porta-se muito bem ao vivo. Gosto disto! O disco foi editado pelas NOS Discos e está disponível para download, legal e gratuito, aqui

 

 

10. Futuro Eu, David Fonseca

Gostei muito de ouvir David Fonseca só em português. Espero que seja o primeiros de muitos discos na nossa língua porque é um excelente registo.

 

Menções honrosas:

- Basset Hounds;

- We Trust;

- Best Youth.

A opinião de família, colegas de trabalho e bloggers quanto ao melhor álbum de 2015

No ano passado, depois de o Sapo me dar a honra de figurar entre os bloggers que avaliam o que de melhor aconteceu durante 2014, fui ouvir algumas pessoas que me rodeiam sobre o melhor álbum do ano. E achei que as opiniões eram diversas e boas demais para ficarem só entre nós. Tive de contar-vos as opiniões deles.

 

Este ano decidi fazer o mesmo. Não só porque o Sapo foi verde o suficiente para "ouvir", novamente, a minha opinião sobre o melhor álbum do ano, mas também porque gosto muito de falar sobre música com as três pessoas que aceitaram fazer parte deste post. Família, colegas de trabalho e bloggers, por esta ordem. Engraçado é que também não foi fácil para eles eleger um só álbum, mas acabaram (muito a custo) por o fazer com toda a amabilidade que lhes conheço. Agradeço-lhes por me ouvirem/lerem, por gostarem de música e por não se importarem de participar nesta pequena brincadeira que nos mostra como até a escolha de um disco como "o melhor de 2015" pode ser uma tarefa muito, muito árdua.

 

Innocence & Decadence

Graveyard

Rita Pires

      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Another one de Mac Demarco, Ivy trip de Waxahatchee e Multi-love de Unknown Mortal Orchestra também estavam na lista.

 

 

In Colour

Jamie xx

Miguel Amaro

        

 

 

O Top 3 do Miguel fecha com The Epic, de Kamasi Washington, e Elaenia, de Floating Points.

 

 

Multi-Love

Unknown Mortal Orchestra

Mikael Gonçalves, autor do blog Que Amor é Este

      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sei que não foi fácil para nenhum deles eleger "o melhor" disco porque para todos eles há vários que poderiam ocupar esse lugar, mas acho que se portaram muito, muito bem! E estas respostas são incríveis! Obrigada! 

A melhor cover de 2015

A melhor cover de 2015 não é de uma música lançada este ano e nem precisava ser. Não há critérios pré-definidos - além da cover ser produzida em 2015 - e a música até podia ser dos anos 20. Interessava é que estivese cá uma publicação dedicada à versão que se destacou este ano, porque é já uma tradição do Few days on land, quando chegámos aos últimos momentos do ano. Tenho escrito sobre várias versões de músicas ao longo do ano, mas este post é especial.

 

Havia algumas versões que importava destacar, entre as quais a cover de 'I Sat by The Ocean', dos Queens of the Stone Age, pela soberba banda criada pelo genial Mark Ronson ou a interpretação de 'People Have The Power' (Patti Smith) pelos Eagles of Death Metal e os U2, em Paris. A primeira pela incrível junção de talentos e artistas que aprecio e a segunda porque simboliza uma história marcante, um dos momentos de maior impacto mundial em 2015. Ambas são óptimos exemplos de que as músicas se podem reinventar sem que os artistas a quem a canção pertence originalmente percam o prestígio de ter criado uma composição extraordinária. 

 

A melhor cover de 2015 chega-nos através de duas irmãs, Lennon & Maisy, com vozes angelicais. A irmã mais nova chega a ser incrível tanto a solo como nas harmonias, mas ambas têm um estilo muito cool e transformaram completamente 'Boom Clap' de Charli XCX. A música é bastante conhecida e passava praticamente a toda a hora em algumas rádios portuguesas, o que faz com que pelo menos o refrão estejamos preparados para cantar em coro. Estas irmãs lembram-me as cantorias que eu e a minha irmã fazemos, só que elas têm um talento natural para a música, nós só estragámos canções. Nunca cantámos a 'Boom Clap' mas tenho a impressão que não ia soar nada próximo disto. Ia ficar bem distante até. Lennon & Maisy trouxeram mais e simplicidade à canção. Era evidente que esta música preicsava disso e eu aprecio muito esta versão ser "só isto". Elas, em pé, a cantar, a bater palmas, sempre serenas e como são loiras parecem dois anjinhos. Já falei das harmonias?! Excelentes! Gostei e tive de partilhar convosco. 

 

 

Esta música integrou a banda sonora do filme The Fault In Our Stars, uma adaptação de um livro de John Green com o mesmo nome. O livo catapultou o autor para a fama mundial, trazendo-lhe a popularidade que alcançou depois o filme. Só isso já seria razão suficiente para o sucesso de todos os aspectos que rodeiam este filme junto dos seguidores do autor e das camadas mais jovens, um pouco por todo o mundo. Mas o original de 'Boom Clap' deixa a desejar, na minha opinião. O sucesso da música fala por si mesmo e é perceptível que há mais pessoas a considerar o contrário. Na versão original gosto do refrão, pop puro, bastante melódico e de ritmo marcado. Nota-se menos os graves fraquinhos de Charli XCX que pautam os momentos intermédios e mais calmos da canção.

 

E vocês... Têm preferência por alguma versão que ouviram em 2015?

Playlist | As melhores músicas internacionais de 2015

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Esta playlist é uma junção das músicas e dos artistas mais interessantes de 2015 e baseia-se na lista dos álbuns internacionais que analisei para escolher o melhor disco do ano. A lista foi divulgada no Few days on land e pode ser consultada aqui. As canções que se destacaram estão agora disponíveis numa playlist comemorativa no Spotify, num total de 48 músicas e mais de 3 horas de bons sons, com diferentes estilos, diferentes ritmos, mas com toda a qualidade que vocês merecem. Espero que tenham oportunidade de ouvir e que gostem da minha selecção!

 

O melhor álbum de 2015: o top 5 da Spin e da Pitchfork

A opinião dos críticos das revistas de música internacionais conta (e muito) para os fãs. Nesta altura do ano, andamos atrás de reviews e opiniões dos gurus do tema. Podemos não concordar mas é sempre outra forma de olhar para o que de melhor se passou no mundo da música em 2015. Estes são os Top 5 de melhores álbuns de 2015 para a Spin e para a Pitchfork:

 

SPIN

 

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PITCHFORK

 

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