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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

BBC divulga a lista de nomeados ao Mercury Prize 2015. Saiba quem tem mais hipóteses de levar o prémio para casa

A BBC divulgou ontem a lista simplificada, digamos, dos nomeados para o Mercury Prize 2015. A lista é composta por 12 artistas cujos discos têm fortes possibilidades de se tornarem no "Melhor Álbum do Ano". Mas... Será que todos os discos têm a mesma probabilidade de serem escolhidos? Pelos vistos não. As revistas de especialidade (e alguns apostadores) apontam já os grandes favoritos à vitória, mas o Few days on land ainda tem uma palavra a dizer quanto a isto (com a devida (e enorme) distância que existe entre o valor da minha opinião quando comparada à dos reconhecidos críticos musicais desses revistas).  

 

A LISTA

Aphex Twin - Syro
Wolf Alice - My Love Is Cool
Róisín Murphy - Hairless Toys
C Duncan - Architect
Eska - Eska
Florence + the Machine - How Big, How Blue, How Beautiful
Ghostpoet - Shedding Skin
Benjamin Clementine - At Least For Now
Jamie xx - In Colour
SOAK - Before We Forgot How To Dream
Gaz Coombes - Matador
Slaves - Are You Satisfied?

 

 

ANALISEMOS A SITUAÇÃO DOS NOMEADOS

  • Quem parece destacado para vencer? Florence + the Machine. How Big, How Blue, How Beautiful é um álbum sólido: tem letras incríveis que descrevem situações da vida real, tem melodias ousadas e ritmos divididos entre o calmo e o impaciente. É uma típica descrição da banda, mas são estas características que fazem dos Florence + the Machine uma das melhores bandas ao vivo. Eles oferecem sempre concertos enérgicos e memoráveis. Para além disso, este disco retrata um período conturbado da vida de Florence: lidar com a separação, problemas nervosos e outros já assumidos pela própria. 

 

  • Quem tem menor probabilidade de vencer? Róisín Murphy, Aphex Twin, SOAK, Gaz Coombes, Slaves, C Duncan e Eska (a surpresa da lista). Ouvi várias coisas produzidas por estes artistas e não ouvi nada que fosse impressionante, diferente do que foi criado no panorama musical internacional ao longo deste ano em grande escala. Gostei de alguns apontamentos, mas não chega para serem o álbum do ano. São escolhas muito, muito improváveis.

 

  • Quem pode surpreender? Ghostpoet, Wolf Alice, Benjamin Clementine ou Róinsín Murphy (e aí seria mesmo uma grande, grande surpresa).

 

  • Quem seria o justo vencedor? Jamie xx. Sinceramente, do que ouvi, mantenho-me um pouco dividida entre o In Colour e o How Big, How Blue, How Beautiful, da Florence. Os The xx ganharam o Mercury Prize em 2010, portanto não seria impensável que o prémio fosse atribuído ao Jamie. O que acontece é que, embora este seja um disco a solo, para "o comum dos mortais" In Colour não se distancia em grande medida do material anteriormente lançado pelos The xx. As razões culminam, na maioria das vezes, nas participações de Romy e Oliver (restantes membros dos The xx) um pouco por todo o álbum (não só vozes, como na guitarra e no baixo e em algumas aparições live). Assim é difícil que as pessoas percebam que há uma linha que separa o Jamie xx (Jamie Smith, como quiserem) dos The xx. Essa linha existe, de facto. Imagino que o Jamie queira tanto continuar a escrever música com os The xx como lançar temas a solo. Ser independente porque o que faz é diferente, digo eu. Na minha opinião, em In Colour Jamie conseguiu fazer mais. Inovou. Ainda não ouvi The xx quando ouvi este disco. Mas muitos fãs não gostaram. É pena que algumas pessoas não queiram ouvir essa diferença. O disco está muito, muito bom e acaba por sofrer um pouco com essa ideia de colagem à "banda mãe" do artista. Este é, sem dúvida, um dos grandes álbuns de 2015!

 

  • Imaginando um cenário em que o Jamie e a Florence não eram os favoritos à vitória, a quem deveria ser entregue o prémio? Ao Benjamin Clementine. Acho que este artista ainda é pouco reconhecido face ao talento e mérito que tem em fazer diferente. Se ele ganhar não vai ser a maior injustiça de sempre, muito pelo contrário. Quem quiser comprovar o talento deste senhor deve ir ao Vodafone Mexefest. Prevejo que será um concerto imperdível!

 

O vencedor do Mercury Prize será anunciado no dia 20 de Novembro. E aí falamos... Estejam atentos!

 

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O segundo aniversário do Few days on land

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O Few days on land nasceu no dia 11 de Abril de 2013. Desde aí, está a ser uma ajuda tremenda na minha vida, uma força que me anima quando as coisas estão menos bem e a forma de comemorar quando nada podia correr melhor. Sim, posso considerá-lo um amigo. Não podia estar mais feliz com o que já conheci e aprendi com a escrita neste cantinho.

 

Nem sempre é possível actualizá-lo com o meu dia-a-dia, mas acho que posso considerá-lo um diário. O que escrevo aqui é o retrato fiel de quem sou, por mais que isso custe a algumas pessoas. O trabalho vem primeiro, depois está a minha dissertação de mestrado e o Few days on land fica relegado para 3.ª opção. Não é que eu não goste de estar aqui, a escrever, a ler publicações de outros bloggers, a comentar, a dar atenção a quem visita o Few days on land, porque gosto! Mas o tempo, "essa coisa estranha de que toda a gente fala" (e se queixa), não me dá muita margem de viver mais tempo isto de "ser blogger". Digam o que disserem, ser blogger a sério exige tanto tempo como outro emprego qualquer, portanto...

 

Hoje é dia de agradecer. OBRIGADA a todos os que diariamente dedicam tempo da sua vida a visitar o Few days on land. OBRIGADA às pessoas que já seguem as publicações do blog, que comentam, que activam o botão "favorito"... Que estão presentes, basicamente. OBRIGADA também aos que mesmo não tão presentes, estão aqui. Quando escrevo, é por mim, sobre algo que gosto ou não gosto, mas gosto de perceber que as pessoas vão lendo, vão passando por aqui. Portanto, a todos, sem especificar ninguém OBRIGADA

 

Eu sei que disse que não ia especificar ninguém. Mas permitam-me agradecer especialmente aos Blogs do Sapo. Neste último ano permitiram-me estar presente na publicação sobre "O Melhor de 2014" ao lado de grandes blogs/bloggers desta plataforma, para além de todos os destaques e menções que fizeram ao Few days on land. MUITO OBRIGADA Sapo e Equipa dos Blogs do Sapo. É uma alegria saber que podemos contar convosco!

 

A todos: OBRIGADA!