Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

O melhor álbum de 2015: o top 5 da Spin e da Pitchfork

A opinião dos críticos das revistas de música internacionais conta (e muito) para os fãs. Nesta altura do ano, andamos atrás de reviews e opiniões dos gurus do tema. Podemos não concordar mas é sempre outra forma de olhar para o que de melhor se passou no mundo da música em 2015. Estes são os Top 5 de melhores álbuns de 2015 para a Spin e para a Pitchfork:

 

SPIN

 

top5_spin.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lista completa

 

 

PITCHFORK

 

top5_pitchfork.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lista completa

O melhor álbum de 2015: o top 5 das revistas NME e Rolling Stone

A opinião dos críticos das revistas de música internacionais conta (e muito) para os fãs. Nesta altura do ano, andamos atrás de reviews e opiniões dos gurus do tema. Podemos não concordar mas é sempre outra forma de olhar para o que de melhor se passou no mundo da música em 2015. Estes são so Top 5 de melhores álbuns de 2015 para as revistas:

 

NME

 

nme_top5_2015.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lista completa

As 20 melhores músicas do ano para a revista

 

 

Rolling Stone

(alguém aqui tem um fraquinho por capas a preto e branco!)

 

top5_rollingstone.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lista completa

 

O adeus a Finn Hudson e Cory Monteith

Sigo Glee com alguma frequência e não estava a gostar do destino criado para a personagem Finn Hudson, mas gostei ainda menos do destino de Cory Monteith, o actor que dava vida ao personagem. Há muito tempo que a história Rachel/Finn estava desgastada. Na minha opinião, isso não se devia a falhas dos actores mas por sim dos criadores da série, que adiaram o final da história por tempo demais. Todos sabemos que o casal "prendeu" admiradores desde o início, mas pelo que li não era a única que não estava a gostar deste prolongamento desnecessário de uma história que todos sabiam como ia acabar. Sabiam. Hoje o final de Glee, embora seja certo (Ryan Murphy, o criador da série, já disse que Glee acaba na sexta temporada), é uma incógnita.
Uma vez que não consegui assistir ao episódio que a Fox Life Portugal exibiu no passado dia 18 (e graças à maravilha que é regressar atrás no "tempo televisivo"), assisti ontem a «The Quarterback», o episódio que ditou o adeus a Finn Hudson e Cory Monteith.
Era certo e sabido que o Mundo ia chorar. Acho que os seguidores de Glee precisavam de um desfecho, algo que lembrasse a personagem Finn e o actor Cory ao mesmo tempo e que desse alguma conclusão ao enredo de Finn na série, permitindo aos fãs uma aproximação a Cory. Uma merecida homenagem. Qualquer desfecho iria trazer consigo lágrimas desde o segundo número um. Talvez isso não tenha acontecido com todos os espectadores do episódio mas foi o que aconteceu comigo.
«The Quarterback» começou com a música «Seasons of Love», que juntou os actores originais da série (alguns deles viram o seu papel reduzido a episódios especiais entre a quarta e a quinta temporada) aos actores actuais no palco de McKinley, a escola onde Finn foi aluno e agora se preparava para ser professor. Foi um início marcante e como espectadora, foi difícil conter a emoção, principalmente porque os próprios actores estavam visivelmente emocionados nesta cena. Quando a canção acaba já o elenco está a olhar para a fotografia de Finn, exibida em palco. Coincidência ou não, no final da música a luz que incidiu sobre os colegas e amigos de Finn formou um coração ao redor dos actores e, segundo informações dadas pelo responsável de fotografia de Glee, não estava previsto que isso acontecesse. 
Antes de o episódio se exibido nos Estados Unidos não se sabia muito sobre a homenagem. Apenas aquilo que alguns dos actores disseram ou escreveram em entrevistas ou nas redes sociais sobre o argumento do episódio. «The Quarterback» foi descrito como emocionante e muito bonito.
Os melhores momentos do episódio
Sinceramente, ao fim de algum tempo tornou-se cansativo ler as notícias sobre o elenco e sobre a série porque em nenhuma delas era esquecida a causa de morte de Cory e todos os pormenores sobre o incidente. Concordei com o que disse Kurt, irmão de Finn, que refere que o importante é como ele viveu. Uma cena muito simples mas que acaba por passar a mensagem de que o importante não é atribuir uma causa de morte ao personagem mas sim celebrar que o facto de ele ter existido.
O próximo grande momento é protagonizado por Carole, a mãe de Finn. Carole faz uma sólida reflexão sobre como é possível que os pais continuem a viver depois de perder um filho dizendo que "tem que continuar a ser mãe, mesmo que não tenha mais nenhum filho". Simplesmente comovente.
(O Memorial preparado pelos amigos e colegas da escola)
Ao longo das diversas performances musicais vamos percebendo que os actores estão tristes de verdade. Percebi isso quando vi o Puck e a Santana a chorar porque, normalmente, ambos têm um choro pouco verdadeiro e, neste episódio, é clara a intenção de mostrar que as lágrimas não faziam parte da ficção. Para além disso, quando Santana canta «If I Dye Young» e não consegue terminar a canção por causa da comoção que a envolve...  É óbvio que aquela reacção é também um pouco da Naya Rivera.
Sue Silvester, que na maioria das vezes insulta os membros do Glee Club, acaba por adoptar um discurso de boas lembranças em relação a Finn. No entanto, ela diz aquilo que nós podemos pensar quando lembramos Cory Monteith: "Não há uma lição aqui. Não há um final feliz. Nada. Ele simplesmente desapareceu".
O stock de Kleenexes já estava praticamente no fim quando Rachel (Lea Michele) apareceu (imagino o quão difícil foi para Lea filmar este episódio). Rachel aparece junto ao Memorial criado pelos amigos de Finn (tal como aconteceu quando Lea foi visitar o Memorial criado pelos fãs junto ao hotel onde Cory morreu) dizendo: "É lindo. Eu só tinha que ver". Nessa altura tornou-se claro, para mim, que tal como se pretendia homenagear Finn e Cory ao mesmo tempo, também Rachel e Lea dividiram os papéis na homenagem. Na verdade, Rachel sempre foi a personagem que chorou mais facilmente mas, tomando como comparação o último episódio da terceira temporada e a cena de choro que teve que preparar ao ver o seu namoro com Finn chegar ao fim, percebemos que enquanto cantava «Make You Feel My Love» o seu choro era diferente, era verdadeiro, comovente e angustiante, ao mesmo tempo. Foi um momento em que a Rachel chorava pelo Finn e a Lea pelo Cory.  Rachel falou ainda sobre o facto de conseguir falar, ver e ouvir Finn e de ter um futuro planeado ao seu lado. Como seguidora da série, fiquei surpreendida com a interpretação de Lea (assim como a de todos os outros elementos do elenco). Este episódio foi, sem dúvida, um dos melhores que Glee já teve.
Rachel, depois de ter uma longa conversa com Mr. Shue, entregou ao professor uma homenagem preparada por ela para ficar na sala dos New Directions. No quadro podia ler-se: "The show must go... all over the place... or something". Foi um tributo bonito, uma homenagem merecida por tudo o que Finn deu a Glee e pela simpatia de Cory.
Aspectos que podiam ter acrescentado qualidade ao episódio
Tal como disse anteriormente, este foi um dos melhores episódios de Glee. De qualquer forma, acho que o episódio podia ter tido uma duração mais alargada visto que se tratava de um tributo a uma personagem e, ao mesmo tempo, ao actor que a interpretou. Acho que a inclusão de imagens inéditas quer de gravações que não foram incluídas na série ou imagens de bastidores com os colegas de elenco podiam ter um resultado interessante também. Isso não apaga da memória de seguidores e fãs que este foi um episódio excelente, com muitas emoções fortes e com um argumento muito bem construído. Mas, na minha opinião, podiam ter aproveitado a oportunidade para fazer algo parecido para homenagear o actor que foi Cory Monteith. Só isso.
P.S. Para quem ainda não teve a oportunidade de assistir, o episódio «The Quarterback» vai ser exibido novamente amanhã às 15:40 na Fox Life Portugal.

Aleatoriedades da História no presente

 REIGN

Reign é uma nova série, que estreou na semana passada como uma das novas esperanças do canal The CW para a Fall Season. A série conta a história de Mary Stuart, Rainha da Escócia, que por ter casamento marcado com o Príncipe Francis da França desde os seus seis anos, retorna ao país do futuro marido (agora com 15 anos) depois de ter sofrido uma tentativa de assassinato quando estava escondida num mosteiro para sua protecção. Agora, acompanhada das suas melhores amigas, tem de arranjar uma maneira de sobreviver aos esquemas, traições e inimigos que tentarão afastá-la do seu "destino".

Já tinha assistido ao resumo do primeiro episódio e pareceu-me uma boa aposta mas depois de assistir ao episódio completo posso confirmar que, embora as audiências não sejam as melhores, espero que o canal The CW permita que a série se desenvolva mais um pouco. No entanto, não é uma série aconselhável para quem procura ver a História representada tal e qual aconteceu uma vez que há personagens que foram adicionadas para criar um enredo diferente e que não existiram na realidade (como é o caso o meio irmão de Francis, Bash, personagem criado para fazer parte do triângulo amoroso da série).Para além disso, a história revela um mistério sobrenatural que desperta o interesse dos espectadores.

É um teen drama ou pelo menos foi essa a ideia que o primeiro episódio deixou aos espectadores. Mesmo assim, merece destaque pelo guarda-roupa (quem não gosta das roupas e dos acessórios de época que normalmente aparecem nestas séries?) e pela música que, destoando também altura que se pretende retratar, é actual (podemos ouvir Mumford and Sons ou The Lumineers, por exemplo). Destaco também o magnífico cenário com um castelo lindíssimo. Aqui está o vídeo promocional da série:

 

 

 

ROMEU  E  JULIETA

Romeu e Julieta é uma tragédia romântica rara. E é rara por ser difícil nos cansarmos dela, mesmo quando já conhecemos todos os pormenores da história. A obra original, que nos conta a história de um amor entre dois jovens que pertencem a famílias rivais, foi escrita por William Shakespeare em 1597 e já teve várias adaptações tanto em cinema como em teatro. E as adaptações a partir de um dos maiores Clássicos da Literatura Mundial continuam a surgir. Em 2013, Romeu e Julieta foi, mais uma vez, adaptado ao cinema mas agora com Hailee Steinfeld e Douglas Booth nos principais papéis.
O filme já está nos cinemas um pouco por todo o Mundo, mas a estreia em Portugal só acontece na próxima quinta-feira, dia 24. Sinceramente, espero que o objectivo desta adaptação cinematográfica não seja superar o anterior em termos de desempenho dos actores principais. Uma coisa é certa: se esse foi o objectivo traçado, possivelmente será um objectivo falhado pois é praticamente impossível que Booth consiga superar Leonardo Dicaprio.
Pelo trailer que vi, este filme parece-me ter uma abordagem mais histórica do que o de 1996, o que me agrada. Outro ponto a favor é o facto de este ter a adaptação do criador de Downton Abbey, Julian Fellowes. Talvez não seja preciso dizer mas reforço a ideia de que é óbvio que podemos esperar cenas interessantes, dramáticas e emotivas neste filme. O ponto a favor número três tem um nome: Ed Westwick, que  interpretou Chuck Bass na série Gossip Girl e que deixou saudades no "mundo" das séries.
Há, porém, um ponto negativo na personagem que ele interpreta - Tybalt Capuleto, o primo de Julieta. Se estão a par dos acontecimentos, Tybalt é morto por Romeu, depois de matar o seu melhor amigo, Mercutio. É minha opinião que Ed Westwick merecia o papel de Romeu neste filme embora perceba que precisassem de um actor com um ar mais angelical para o papel (o facto de Tybalt morrer sendo interpretado por Westwick é que não é justo!). Aqui está o trailer de Romeu e Julieta:

A tragédia nascida de um grande amor

Cruel. Sem misericórdia. Difícil de assistir sem ficar emocionada. Diria que George R.R. Martin tem uma clara (e incómoda) preferência pelos vilões das suas histórias. Só esse facto explica o nono episódio da terceira temporada da série «A Guerra dos Tronos».

As pessoas que seguem a história da série depois de terem lido os livros esperavam este desfecho de temporada. Todos os outros fãs simplesmente não esperavam. Eu não esperava. É verdade que, pelo que tenho visto da série, os livros devem ser extremamente interessantes (e melhores) mas, por mais que quisesse ler toda a colecção num futuro próximo, parece que ainda vou ter de esperar bastante para isso. É preciso mais do que tempo... Para seguir esta história é preciso ter coragem.

Rejubilei com o início do episódio quando Catelyn Stark, a mãe, pediu ao Robb, o seu filho mais velho: "Mostra-lhes como é perder o que amam". A família Stark está a perder desde a primeira temporada. Para além da morte de Nedd Stark, o pai, e a destruição da "casa" Stark, os restantes elementos da família estão afastados uns dos outros. 

Pensei: "É desta que os traidores, os ambiciosos, aqueles que vivem para o dinheiro e lutam por cada pedaço de poder que puderem alcançar, vão ter o que merecem". 

Enganei-me.

Robb e a sua mulher, grávida, Talyssa, juntamente com Catelyn, foram ao casamento de Edmure Tully, o tio, que teria um autêntico banquete sanguinário como festa.

Durante o jantar, Robb esteve sempre muito sorridente, algo que não havia sido comum na personagem até então. Assim, era possível prever que a felicidade não duraria muito tempo. Entretanto, os fãs tiveram direito a uma cena emotiva que foi, ao mesmo tempo, uma despedida: Talyssa confessou a Robb que queria dar o nome do seu pai, Nedd, ao filho que o casal esperava, caso este fosse menino. Não chegaram a saber eles e certamente não chegam a saber os espectadores.

A forma como Catelyn se apercebe do que está para acontecer, reparando nos pormenores que a rodeavam foi muito bem pensada pelo autor da história e, em cena, a actuação da actriz Michelle Fairley é sublime. As portas são fechadas e soa a melodia de "The Rains of Castamere" (música da Casa Lannister), que em episódios anteriores foi apresentada como a música que havia tocado durante a execução de outra família.

 
A cena que se vê logo depois desta acaba com todas as expectativas de que alguém se salve. Os soldados matam o descendente de Robb ainda antes de matarem Talyssa e depois voam setas em todas as direcções. Se não me engano, voaram três em direcção ao Robb. É impossível ver esta cena sem estar minimamente chocado e emocionado. Impossível.
Robb ainda conseguiu levantar-se, ir à beira de Talyssa e perceber que nem ela, nem o filho se iriam salvar. Depois chamou pela mãe, que estava prestes a matar a mulher do homem que planeou este "banquete". Aquele "Mother" trazia tanto amor... Não fosse Roose Bolton escolher esse momento para assassinar Robb e Catelyn continuaria viva, a olhar para o seu filho mais velho para sempre.
Foi o golpe final para Catelyn. O filho do responsável pela tragédia, que já tinha matado Talyssa, matou Catelyn rasgando-lhe a garganta. Mas ela não precisava desse golpe. Catelyn já estava morta. E... I really don't see that coming! Por esta, eu não esperava. 
Toda a cena foi muito demorada. Eu diria que foi demorada demais. Principalmente para quem admira a família Stark. Os créditos não tiveram direito a música, não havia ninguém que suportasse música depois deste episódio. Apenas o silêncio.

Uma das expressões mais utilizadas ao longo da série é "Valar Morghulis" que, segundo soubemos nesta temporada quer dizer "All men must die" ou, em português, "Todo o homem deve morrer". É uma expressão crucial, principalmente depois de um episódio como este. A personagem que mais tem gerado controvérsia a quem assiste «A Guerra dos Tronos» é Joffrey Baratheon pela sua loucura exacerbada e pelos seus "requintes de malvadez". Mas um episódio pode mudar tudo. E mudou.

Ainda hoje é difícil dizer/escrever o nome das famílias responsáveis pela morte de um dos meus personagens favoritos. O Rei do Norte.   

Tornou-se claro que por mais tempo que passe e mesmo que acontecimentos futuros sejam piores, nenhum fã de «A Guerra dos Tronos» irá esquecer este episódio. Não é um exagero. O episódio foi trágico. Épico.