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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

Playlist 100 Músicas de 2018 // Few days on land

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A playlist 100 Músicas de 2018 é bastante semelhante à de 2017. Então o que muda? As músicas, claro. O que acontece é que ao longo do ano fui juntando todas as minhas músicas favoritas numa playlist pessoal (isto para quem não tem Spotify premium é um mimo) e nos últimos dias tenho estado a criar uma lista específica para partilhar com vocês. Basicamente são as mesmas canções que tenho na outra playlist, com alguns acrescentos e algumas eliminações, visto que tinha várias músicas de cada banda/músico(a), e estive a dar um jeito em termos sonoros, isto é, a tentar que quem ouvir a playlist 100 Músicas de 2018 passe por vários estilos musicais, sem nunca se aborrecer. Bom, é capaz de ser bastante difícil, mas tentei!

 

Mais uma vez, a música internacional mistura-se com a música nacional. As músicas desta playlist pertencem aos artistas que considero terem os melhores trabalhos de 2018, optei por não obrigar-me a fazer uma lista que tivesse 50/50 de representação tanto portuguesa como internacional. Não há uma sequência em termos de melhores músicas, há sim um conjunto de 100 músicas que são para mim as melhores do ano

 

A playlist 100 Músicas de 2018 tem cerca de 7 horas. A lista conta com nomes como Jungle, Florence and The Machine, Miguel, Rosalía (uma das maiores surpresas do ano), Young Fathers, Isaac Gracie, The Wombats, Jorja Smith, James Blake, Childish GambinoCigarettes After Sex, Kamasi Washington, Boy Pablo, Death Cab for CutieNovo Amor, Beirut, Arctic MonkeysHusky ou Matt Corby, para citar alguns. A nível nacional, podem encontrar Tiago Nacarato e Salvador Sobral, Janeiro, Diabo na Cruz, Basset Hounds, Best Youth, David Fonseca, Os Quatro e Meia, entre outros. 

 

Aqui está a playlist 100 Músicas de 2018:

 

 

É uma mistura de géneros, de música bem boa que ouvi em 2018. E vocês o que andam a ouvir? 

 

Um fantástico 2019 para todos! 

Playlist 100 músicas de 2017 // Few days on land

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Este ano decidi formar uma única playlist com músicas tanto nacionais como internacionais que foram importantes e que impactaram o meu 2017 por serem as melhores do ano. O objetivo nunca foi ter 50/50 de representação nacional/internacional. A intenção foi escolher entre as músicas mais ouvidas e as mais supreendentes, mas as melhores. Daí que o que vão encontrar não teve limitações de género musical ou outro, de país de origem e de relevância do artista/banda no meio. A única limitação foi não escolher mais do que uma música de cada artista/banda (só dos melhores álbuns do ano escolhia praticamente o disco inteiro se assim fosse). Para além disso tive também de limitar a 100 músicas porque inicialmente seriam 50 mas não sou uma pessoa de resumos - risos - e portanto quando vi que a playlist estava a chegar às 100, parei. São mais de 6 horas de música (são praticamente 7, mas pronto...) para lembrar que 2017 foi uma riqueza no que à música diz respeito.

 

Nesta playlist podem encontrar nomes mais consagrados, como é o caso dos primeiros Susanne Sundfor (autora do melhor disco do ano), Kendrick Lamar (que não ficou longe disso), assim como os The xx, os Portugal. The Man, os alt-J, as HAIM ou os London Grammar, por exemplo; mas podem também conhecer ou voltar a ouvir artistas que, neste caso, descobri com a ajuda do Spotify e do Youtube em 2017, como Lewis Capaldi, SYML, Criolo, Rationale, entre outros que levo comigo para o futuro.

 

Relativamente a artistas portugueses, a playlist conta com nomes como D'Alva, Manuel Fúria e os Náufragos, Salvador Sobral, Surma, Tiago Bettencourt, Alexander Search e mais.

 

 

PLAYLIST 100 Músicas de 2017:

 

Gostaram das minhas escolhas? Se sim, consultem a playlist no Spotify e guardem-na para mais tarde recordar. De qualquer forma, falem-me das vossas músicas favoritas do ano. Digam-me quais as surpresas, quais as deceções e que música falta nesta lista (se for caso disso). Espero o vosso feedback.

 

Que 2018 seja tão bom ou ainda melhor do que 2017!

O Coro do Teatro Nacional de São Carlos e uma nova versão de "Amar pelos Dois"

Se estou a ouvir esta belíssima interpretação de "Amar pelos Dois" pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos no Youtube e emociono-me desta maneira, nem imagino se tivesse a oportunidade de ver e ouvir a versão ao vivo... Chorava que nem um bebé. Lindíssimo!

 

Salvadorable: a vitória da simplicidade

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Salvador não é de hoje. Salvador é de há muito tempo. Era ele um dos meus favoritos à vitória no Ídolos. Sim, porque eu vejo estes programas quando posso. E, digam o que disserem relativamente aos concursos de talentos (mais entretenimento), a verdade é que há muitos bons artistas a fazer carreira em Portugal que saíram de lá. De resto, não só o Salvador como também a irmã, Luísa Sobral, são exemplos disso. Agora, há que saber sair de um concurso destes e formar a personalidade artística, como tantas vezes o Salvador tem referido. Não é fácil, muita gente pensa que se fizer covers toda a vida vai ser um grande artista. É aí que entra aquilo que para mim faz um músico: saber escrever (em português primeiro) e saber compor. E se não sabem vão aprender, como eles fizeram e como têm feito todos os artistas que saíram desses programas e estão a conseguir viver da música em Portugal. A voz é importante mas se o artista não tiver tudo o resto, não vai resultar. Levar a música com seriedade, apostar no conhecimento e na descoberta do que podem trazer de diferente ao panorama musical. Podem ter sucesso se fizerem música pela fama, para aparecer. Vai resultar no início (bem sabemos como funciona isto das aparências) mas é efémero. E efémero é aquilo que Salvador Sobral não será jamais. O talento, distinto e raro por sinal, não lhe bastou. Ele quis mais, procurou o conhecimento, inspirou-se em artistas que admirava e aprendeu com eles, soube ouvir e, principalmente, sentir. Permitiu-se viver diferentes experiências, soube distinguir o que queria do que não queria. Deixei de ouvir falar dele pouco tempo depois do Ídolos e pensei que ele tinha desistido da música até saber do lançamento do disco Excuse Me em 2016. 

 

Nesta Eurovisão, Salvador Sobral geriu as expectativas, tinhas os pés assentes na terra, não se interessou pelos floreados, resistiu a comentários negativos quando venceu o Festival da Canção em Portugal e conseguiu o que poucos acreditavam ser possível. Eu inclusive. Não porque duvide das capacidades do Salvador, como certas pessoas. Isso nunca. Pelo contrário: eu adoro a voz do Salvador, achei a melodia de "Amar pelos Dois" linda e a letra... Vocês sabem como eu gosto de letras portuguesas bem escritas! O que eu achava é que era uma música boa demais para a Eurovisão porque normalmente os artistas que ganham não têm esta qualidade, este sentimento. Mas sempre acreditei na canção em si. É uma das melhores composições que ouvi nos últimos anos e a única pela qual torci desde o início no Festival da Canção. De verdade, nunca julguei que a Europa iria reconhecer este talento, como merecido, porque a Eurovisão parece formatada a um estilo muito pop comercial que não me agrada (é só ver pelos comentários que fui fazendo no Facebook às músicas da final ontem... Se tinha um TOP 5 em 26 canções era muito). Ás vezes é tão bom estar enganada!      

 

Fiquei surpreendida mas muito feliz porque finalmente ganhou a música com conteúdo, a música elaborada na letra e melodia, a canção trabalhada sempre de forma diferente. E eu, que gosto muito de música, aprecio imenso esta vitória. Não só como a vitória da magia, do reconhecimento e do amor mas, principalmente, da simplicidade. Percebemos que os poucos adereços em palco, a roupa simples e a aposta na voz e no sentimento ganhou. E isso é priceless. Não deixa de ser curioso que o Salvador tenha ganho a Eurovisão no dia 13 de Maio. Um benfiquista. E que Portugal tenha subido para 1.º lugar nas apostas assim que o Papa Francisco aterrou em Portugal. Coincidências? Eu cá não acredito nelas.  

 

O que interessa agora é continuar a seguir a carreira dele, continuar a apoiá-lo e a ouvir as suas músicas. Mas, uma última vez (este mês pelo menos) eis a versão que nos levou à vitória da final e é a minha favorita:

 

A Europa é tua, Salvador!

Hoje é o dia dele brilhar. O nosso Salvador. Tenho a impressão de que será um grande dia para Portugal e para a música portuguesa. Acima de tudo, estamos muito bem representados e a Europa começa a compreender o fenómeno. Acho que nunca estive tão ansiosa e confiante numa participação portuguesa (talvez na altura dos Homens da Luta porque foi assim a música que mais gostei). Cada vez que ele canta "Amar pelos Dois", fá-lo de forma diferente mas sempre com entrega máxima à canção, à letra, ao sentimento. E como eu adoro os músicos que sentem assim!


Vamos Salvador, Portugal está contigo! Boa sorte!