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Few days on land

Um retrato do dia-a-dia de uma jovem de viagens quase sempre musicais e nem sempre coloridas.

Chester Bennington: 10 músicas que eternizam a icónica voz que tocou os nossos corações

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Os últimos tempos estão a ser penosos para os fãs de música. Perdem-se ícones, perdem-se ídolos. Perde-se aquela figura que, embora não nos seja próxima, nos diz tanto. A música dá-nos as melodias e as vozes que marcam a nossa vida. E a voz de Chester Bennington, tão icónica e poderosa, vai trazer-nos recordações. Para sempre.   

"'Cause everything that you thought I would be

Has fallen apart right in front of you"

        

 

Não sou rapariga para ser fã do rock mais puro - aquele rock dos gritos intermináveis no final das palavras e das frases ou dos refrões, do moche nos concertos e das baterias levadas à exaustão. Por essa razão, as bandas que acompanho deste estilo são poucas mas entre elas estão os Linkin Park. Desde que me cruzei com esta terrível notícia, tenho lido alguns comentários de fãs a agradecer à banda e, particularmente a Chester, ter marcado vários momentos da sua adolescência. Estou com eles nesse agradecimento. Vivemos num mundo distorcido, apagado. As pessoas não estão preparadas para ouvir o outro e perceber as situações com que lida, sejam elas boas ou menos boas. As pessoas podem querer saber o que se passa na vida de alguém apenas na lógica de comentar com a pessoa do lado. Não prestam a devida atenção a determinados silêncios e a determinadas atitudes. É bom ter músicas que nos acompanhem nos bons e maus momentos e que nos expliquem que o que sentimos não é só nosso. Há outras pessoas que sentem e passam pelo mesmo que nós e ao escreverem sobre isso ajudam-nos de uma forma que talvez nem entendam. Talvez o ser um exemplo e carregar uma mensagem de esperança e compreensão não seja suficiente. Afinal, quem é que depois faz o mesmo por eles? Ainda assim acho que a vontade dos fãs ou de quem simplesmente se identifica com determinada banda, artista ou canção, neste caso, é passar a ideia de que a mensagem chegou e tocou os seus corações. E os Linkin Park conseguiram isso com o Chester.  

 

    

 

Pelo que disse anteriormente podem perceber que não vou começar aqui a apresentar-me como fã número 1 dos Linkin Park, mas que a voz de Chester não me era indiferente, isso não era. Na verdade, há muitas músicas que gosto e ouço regularmente desde que comecei a seguir a banda, na última década e meia sensivelmente - ainda na semana passada voltei a ler umas letras com as quais me identifico bastante e não consegui passar sem ouvir as respectivas canções. Há umas quantas que até sei de cor desde então. A entoação característica de Chester, aquela voz tão peculiar, e Mike, com uma identidade musical também muito vincada, é "a cereja no topo do bolo" que é a banda. Ou era. Duvido sinceramente que alguma vez os Linkin Park possam recuperar desta perda.

 

    

 

Ainda me custa acreditar que é verdade. Acho que acima de tudo custa-nos perceber porquê. Entender o que leva tantos artistas por este caminho. Esperamos encontrar algum consolo nas músicas que ficam, nas memórias que nos trazem, na mensagem que nos chegou. No que fica de bom, obviamente. E esperamos que o mundo da música recupere desta nova perda, igualmente marcante.

 

"I will never know myself until I do this on my own
And I will never feel anything else, until my wounds are healed"

    


"Sometimes solutions aren't so simple
Sometimes goodbye's the only way"

 

 

As músicas que escolhi são apenas algumas das minhas preferidas. Vão ficar por referir tantos outros marcos musicais como "In The End", "Crawling", "Bleed it Out" ou "Given Up", por exemplo.  

"Do you feel cold and lost in desperation?
You build up hope, but failure’s all you’ve known
Remember all the sadness and frustration
And let it go". 

   

 

 

"When my time comes
Forget the wrong that I've done
Help me leave behind some reasons to be missed
And don't resent me
And when you're feeling empty
Keep me in your memory
Leave out all the rest"

 

Eram uma das bandas que eu gostava de ter visto ao vivo. Estes Linkin Park. Da última vez que estiveram no Rock in Rio Lisboa acompanhei o concerto e achei que o live deles era incrível. Tinha curiosidade de assistir a um concerto em nome próprio, exactamente para ouvir o Chester. Infelizmente, a partir de ontem, é um daqueles sonhos impossíveis de concretizar. Que bom seria poder acordar daqui a pouco e perceber que não é verdade e que a música não está a sofrer outra perda prematura de um artista único? Seria muito bom! Mas é verdade. Outra vez. 

   

"In this farewell

There's no blood, there's no alibi

'Cause I've drawn regret

From the truth of a thousand lies

So let mercy come and wash away

What I've done"

         

 

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(fotografia retirada do site da Blitz)

 

RIP CHESTER BENNINGTON 

A triste notícia da semana...

O Festival Optimus Alive acabou de descer 20 pontos percentuais na minha consideração. Aviso já que com as demoras a apresentar o cartaz completo e a confirmar bandas poderosas já figuram abaixo dos 50% nas minhas preferências. A sério. Acabei de saber (sim, porque o tempo durante a semana não me deixa conhecer estas novidades...) que os Bombay Bicycle Club e os Wild Beasts foram confirmados no Rock in Rio Lisboa e eu estava mesmo, mesmo a contar que o Alive se lembrasse destas excelentes bandas e as confirmasse para os espaços livres que ainda tem no cartaz. Erro meu. E agora, que não posso ir aos dois festivais? Sim, porque isto de poupar dinheiro para apenas um festival e confiar que os senhores se lembram de fazer as escolhas tendo em vista os cartazes dos maiores e mais importantes festivais mundiais é uma treta. Estou chateada com o Alive e estou chateada comigo. Tanto os Bombay Bicycle Club como os Wild Beasts fazem parte da lista das minhas "bandas a ver" neste ano de 2014. Estou chateada. Muito chateada. Mesmo!